Animados de novo para o Guns n´Roses?

Eis que o Guns n´Roses pisará pela terceira vez em solo brasiliense neste domingo (20/11), depois do (muito) atrasado show em março de 2010 e da pontual segunda vinda quatro anos depois. Em vez do problemático – acusticamente falando – Ginásio Nilson Nelson, o palco agora será o Estádio Mané Garrincha em noite que pode ser de muita chuva – lembram do Paul McCartney há exatos dois anos (23/11/2014)? Logo, é bom levar aquela capinha plástica!

Em tempos de crise econômica, os ingressos estão bem “salgados”: R$ 210 (arquibancada), R$ 300 (cadeira inferior), R$ 350 (pista), R$ 400 (cadeira VIP) e R$ 540 (pista premium) – valores de meia-entrada – à venda na Central de Ingressos do Brasília Shopping (Piso G2), pelo portal www.eventim.com.br ou pelo call center 4003-6860. Ainda exitem os chamados “camarotes all inclusive” de 18, 21 e 30 lugares, com preços fixos de R$ 12.600, R$ 14.700 e R$ 21 mil, respectivamente. A expectativa é reunir quase 25 mil pessoas. Os portões serão abertos às 16h e, às 18h45, a Plebe Rude inicia os trabalhos na divulgação do mais recente álbum “Nação daltônica”. O Guns deve subir ao palco entre 20h e 20h30. A classificação indicativa é 18 anos – de 12 a 17 anos somente acompanhados por pais ou responsáveis maiores de idade.

Diante do exposto acima – e sabendo-se que o Guns n´Roses não lança nada novo há oito anos -, essa apresentação poderia estar fadada ao fracasso. Mas existe um ingrediente forte, uma grande “isca”, que está causando furor: o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan, integrantes da formação original – a banda começou em 1985 -, estão de volta ao lado do encrenqueiro vocalista Axl Rose, após mais de 20 anos de separação e rusgas. Além do tecladista Dizzy Reed, que se mantém no grupo desde 1990. Completam a atual formação o guitarrista Richard Fortus, o baterista Frank Ferrer – que já estão desde a década passada – e a novata tecladista Melissa Reese.

Ter Axl e Slash juntos de novo é combustível suficiente para “incendiar” os velhos fãs. E a prova disso está na grande presença de público nos quatro shows realizados até agora nessa turnê pelo Brasil, respectivamente em Porto Alegre (8/11), São Paulo (11 e 12) e Rio de Janeiro (ontem) – antes de Brasília, eles ainda tocam amanhã (17) em Curitiba. A média gira em torno de 35 mil pessoas. A outra boa notícia é que os shows têm começado no máximo meia hora após o previsto – o que para o padrão Axl Rose significa “pontualidade britânica”.

No repertório estão, claro, os antigos “cavalos de batalha”: “It’s So Easy” (que abre o show), “Mr. Brownstone”, “Welcome to the Jungle”, “Estranged”, “You Could Be Mine”, “Civil War”, “Sweet Child O’ Mine”, “November Rain”, “Don’t Cry” (ou “Patience”) e “Paradise City” – tem até “Chinese Democracy”! Há também as costumeiras versões de “Live and Let Die” (de Paul McCartney, nos tempos de Wings) e “Knockin’ on Heaven’s Door” (Bob Dylan), além de Misfits, The Who e Pink Floyd (!), “inserts” de Led Zeppelin e Eric Clapton e o famoso tema do “Poderoso Chefão” (Nino Rota), entre outras homenagens. No Rio, eles esticaram um pouco a apresentação e incluíram “Out Ta Get Me” e “Yesterdays” – veja o provável set list abaixo.

São quase 2h30 de muitos solos, pirotecnias e hard rock em alta combustão. Quem já viu, diz que Slash anda “engolindo” o gordinho Axl em termos de energia e performance de palco. Não há como duvidar, se lembrarmos das apresentações anteriores do vocalista. Resta conferir…

Provável set list
. It’s So Easy
. Mr. Brownstone
. Chinese Democracy
. Welcome to the Jungle
. Double Talkin’ Jive
. Better
. Estranged
. Live and Let Die (Wings cover)
. Rocket Queen
. You Could Be Mine
. Attitude (Misfits cover)
. This I Love
. Civil War
. Coma
. Speak Softly Love (Nino Rota cover)
. Sweet Child O’ Mine
. Wish You Were Here (Pink Floyd cover)
. November Rain
. Knockin’ on Heaven’s Door (Bob Dylan cover)
. Nightrain
Bis
. Don’t Cry (ou Patience)
. The Seeker (The Who cover)
. Paradise City