A-Ha no Rock in Rio… e logo logo em Brasília

Por Marcos Pinheiro
Fotos: Rock in Rio (oficial) e Marcos Pinheiro

Decidi escrever uma breve resenha sobre o show do A-Ha pois foi o único que assisti de verdade no último dia do Rock in Rio 2015. E porque os noruegueses estarão em Brasília no dia 6 de outubro (terça-feira), no NET Live, em sua terceira visita à capital do país. Sob chuva fina na noite de domingo (27/9) no Rio de Janeiro, o trio fez apresentação morna e não empolgou. E olha que não faltaram sucessos no set list – eles só tocaram duas do novo disco, Cast in steel, lançado este mês (veja abaixo)!

Lembro da última vez que eles tocaram na cidade em março de 2010 – a primeira foi em maio de 1991, no Estádio Mané Garrincha.. No início da apresentação, no Ginásio Nilson Nelson, o som do palco parecia vir do CD de tão cristalino. A voz de Morten Harket estava perfeita como se 25 anos não tivessem passado. Eis que, lá pela quinta música, a “maionese desandou”. O cantor ficou rouco e, alegando resfriado, foi baixando o tom. O público, compreensivo, ajudou cantando… e assim foi até o fim. Fiquei com pena, sinceramente.

Cinco anos e meio depois, o mesmo Morten Harket reapareceu no festival com a voz bastante “contida”. Pode ter sido o clima e ele preferiu não arriscar. Pode ter sido mesmo a idade mais avançada (56 anos). O fato é que, com essa performance, o público – que se dividia entre pessoas mais velhas fãs da banda e muitos jovens a espera de Katy Perry – não conseguiu vibrar. Talvez também o A-Ha não seja mais para grandes arenas e tenha que se limitar a espaços mais “intimistas” para 5 ou 6 mil pessoas. Enfim, não funcionou… nem com Take on Me, que fechou o show. Pena. De novo.