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Megadeth sob outro ponto de vista

Como já confessei que não sou profundo entendedor de heavy metal, melhor dar a palavra (ou, no caso, a escrita) para quem conhece mais. A Cintia Azalini nos revela que o show do Megadeth, realizado dia 24 de abril, no Credicard Hall, em São Paulo, foi diferente e maior que o apresentado em Brasília, três dias antes.


Texto, foto e vídeos: Cintia Azalini

Falar sobre o Megadeth é um pouco difícil. A expectativa em torno deste show em comemoração aos 20 anos de lançamento de Rust in Peace era evidente em cada pessoa presente ao Credicard Hall. Confesso que nunca vi aquele lugar tão lotado. Sem banda de abertura, os caras mudaram completamente o set list e impressionaram. Até me encontrei com alguns brasilienses que não se contentaram em assistir somente a apresentação na área externa do Ginásio Nilson Nelson e foram para São Paulo, mesmo sem ingresso.

O show começou com a intro, seguida por Dialectic Chaos e This Day We Fight!, ambas do mais recente álbum Endgame (2009). A ansiedade aumentava entre os presentes, com três clássicos – In My Darkest Hour, Sweating Bullets e Skin O’ My Teeth -, antes de dar início ao tão aguardado set de Rust in Peace tocado na íntegra. Neste “intervalo”, o vocalista Dave Mustaine finalmente se comunicou com o público, comentou o fato de não haver banda de abertura e avisou que, assim, o Megadeth poderia tocar mais músicas: “Vamos continuar, sabemos o porquê estamos aqui”. E vieram as nove faixas do celebrado álbum, tocadas sem conversas com o público (em êxtase!). Mustaine duelava com o guitarrista Chris Broderick e o baixista David Ellefson, que interagiam com a plateia em ambos os lados – um show a parte a presença de palco dos caras. Ao fim de tanto delírio, enfim Mustaine se dirigiu ao público: “Muito obrigado, este foi o Rust In Peace”.

Logo em seguida, os fãs foram brindados com Trust (reparei em várias pessoas chorando), The Right To Go Insane (só pra lembrar do álbum “novo”), She-Wolf e a tão aguardada (por mim pelo menos) Symphony Of Destruction, com o coro de “Megadeth, Megadeth, Megadeth” ecoando por todo o Credicard Hall, como já é de praxe nessa música.  Luzes se apagam, a banda sai do palco. A cara de satisfação do pessoal era evidente se o show terminasse ali. Ninguém reclamaria, pois foi um espetáculo incrível.

Para a minha grande surpresa, surge um Mustaine sem blusa e começa A Tout Le Monde (que não estava sendo executada nesta turnê em particular), foi simplesmente lindo (ok, deveria ser imparcial, mas com essa música não tem como), seguida de Peace Sells e Holy Wars – Reprise, com o vocalista apresentando os integrantes do Megadeth. Um show histórico para os paulistanos e quem mais compareceu. Até a próxima!

Quer ver mais fotos? Acesse www.flickr.com/photos/angeldevill

5 comentários sobre “Megadeth sob outro ponto de vista

  1. Mais uma vez temos a oportunidade de ver uma boa cobertura feita por quem sabe do que fala!
    Continua quebrando tudo por aí, Cíntia!

  2. O importante não é apenas saber do que fala, mas como fala, e essa Cíntia escreve muito bem. Sempre lindo ler algo bem escrito.

  3. Podiam ter deixado o show de Brasília sem banda de abertura também, até porque o Red Old Snake é uma banda muito fraca.

  4. Parabéns mais uma vez dona Cíntia. Se me permite um pequeno retoque, faltou no seu set list a ótima headcrusher, tb do novo disco.

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