25 anos com fome de rock… e maquiagem!

Lelo Nirvana, nosso companheiro de Rádio Cultura FM e colaborador do Cult 22, esteve em São Paulo no sábado passado (14/11) para conferir o show da veterana banda norte-americana de hard rock Twisted Sister. Confira abaixo:

Texto: Lelo Nirvana
Fotos: Pauleira

Uma noite inesquecível para os fãs brasileiros que foram abençoados pela primeira aparição do Twisted Sister na América do Sul. Isso mesmo, 90 minutos de pura fúria de melhor hard rock oitentista. Parece mentira, mas no sábado (14 de novembro), os norte-americanos aportaram em São Paulo em único show da turnê comemorativa de 25 anos de lançamento do álbum Stay Hungry, o mesmo petardo que elevou o grupo ao patamar de mega banda em 1984.

Em um dia superaquecido na capital paulista, cheguei às 21h na porta do via Funchal, juntamente com o Pauleira, meu irmão de metal, pegamos os ingressos e não tivemos problemas para adentrar a casa – parabéns para organização do evento que conseguiu administrar de forma bastante tranqüila a entrada dos milhares de fãs. Na pista, pessoas de várias gerações, muitos pais e mães com os filhos, esperavam ansiosos. A atração surpresa ficou por conta do Massacration que abriu a festa com o eterno “metal baboseira”.

Depois de um pequeno atraso de meia hora, às 22h30 o som mecânico entoou o clássico It’s a long way to the top, do AC/DC, acompanhado pelo coro da galera que já beirava mais de cinco mil pessoas naquele momento. Antes do fim da música, A. J Pero assumiu os tambores e começou um pequeno aquecimento, levando a plateia ao delírio. Na seqüência, o resto da banda invadiu o palco com a peculiar abertura What you don’t know (Sure can hurt you). Emendadas vieram The kids are back e Stay hungry. O vocalista Dee Snider cumprimentou os fãs e anunciou a próxima, Captain Howdy. Pulando como um garoto de 20 anos, ainda levou Shoot ‘em down e a manjada We’re not gonna take it, que eles não guardaram para o final.

A essa altura, a banda já tinha percebido que estava de frente para uma platéia de “sick motherfuckers” – a forma carinhosa com que Dee Snider se dirige aos fãs extremos do Twisted Sister. Neste momento, o guitarrista Jay Jay French pegou o microfone e, emocionado, pediu desculpas pela demora da banda em se apresentar no Brasil. Ele comentou que sua filha estava completando 16 anos naquela noite, pegou a filmadora e pediu para que todos cantassem parabéns a ela. Claro que a platéia correspondeu e o músico prometeu postar o resultado no Youtube.

O show prosseguiu com a fantástica The fire still burns, seguida da inédita 30, que faz parte da versão comemorativa do álbum Stay hungry. The price foi o destaque da noite: a balada teve toda a primeira parte cantada somente pelo público, emocionando Dee Snider. As próximas foram Burn in hell e I wanna rock, que teve grande interação da galera, pulando, levantando as mãos e gritando de forma ensurdecedora.

O primeiro bis trouxe, com as luzes do Via Funchal apagadas, a introdução da música Come out and play. Os fãs estavam em êxtase. Depois de vários elogios, dizendo que aquela era a melhor plateia para a qual eles tinham se apresentado, a banda voltou no tempo e tocou Under the blade. Uma nova pausa e a derradeira SMF, ou seja, Sick Motherfuckers!!! E a promessa: uma volta já marcada para 2010. Tomara!

Set list
What You Don’t Know Sure Can Hurt You
The Kids Are Back
Stay Hungry
Horror-Teria (Captain Howdy)
Shoot’Em Down
We’re Not Gonna Take It
The Fire Still Burns
You Can’t Stop Rock N’Roll
30
The Price
Burn in Hell
I Wanna Rock
(bis)
Come Out and Play
Under the Blade
SMF

Lelo Nirvana (de camisa do Twisted Sister), os “brothers” Orlando (E)
e Pauleira e um cover de Dee Snider