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O adeus do Bois de Gerião

Bois de Gerião 3
Uma das bandas mais legais do rock Brasília da geração 1990/2000 se despede hoje (6/9) dos palcos. Com 15 anos de estrada, o Bois de Gerião faz o que eles anunciam ser o último show da carreira, no Museu da República, a partir das 17h, pelo projeto Todos os Sons, do CCBB.

Antes de lançar o disco de estreia, Bois de Gerião (2002), pelo selo brasiliense Prótons, o grupo de ska, rock e pop já colecionava alguns hits underground – Eu não sei o que fazer, Ska! Velho, Groupies , Já é tarde, Cifrão e uma versão muito particular de Trenzinho do Caipira (Villa-Lobos) – reunidas em gravações demo e na coletânea Banana 2, do selo Sonya Music (atual Silvia Music).

O primeiro álbum, que saiu após algumas tentativas fracassadas de negociações com gravadoras maiores, emplacou músicas do calibre de Dia de sábado (uma das mais “felizes” do rock local, na minha opinião), Garota fivelinha clubber e algumas das citadas anteriormente, devidamente regravadas sob a produção de Philippe Seabra.

O segundo CD, Nunca mais monotonia, também pela Prótons, foi lançado quatro anos depois, sob a batuta dos produtores Carlos Savalla e Gustavo Dreher. E mostrou o Bois com uma veia ainda mais pop em músicas como a faixa-título, Fidelidade, Na crista da onda e Interestelar. Além de versões para Virgínia (Mutantes) e Pra que o jardim?, dos amigos do Proto(o).

Com o baterista Gabriel Coaracy tendo se integrado à trupe do Móveis Coloniais de Acaju e com o baixista Luis Ribeiro (que não está na foto) com passagem para o exterior, além dos desgastes naturais da longa estrada, ficou complicado para os remanescentes Rafael Farret (voz e guitarra), Vincent Gautier (sax) e Gus (trompete) seguirem em frente. Com certeza vai deixar saudades…

24 comentários sobre “O adeus do Bois de Gerião

  1. Já foi tarde!! leve junto Móveis Colôniais de Aracajú, Lucy e não sei o que lá, proto, Gilbertos come salomão, Rafael Cury, Cassino Supernova
    Na Lata
    Soatá
    Trampa
    Kanela Seka
    Bootlegs
    Blazing Dog
    E demais “bandas” do gênero!!!

  2. Acompanhei a banda desde o começo, quando dois integrantes – colegas meus de faculdade – eram os únicos maiores de idade no grupo. Independente das preferências da galera, de a banda não ter decolado, de gosto ou não – que eu respeito -, tenho um carinho grande pela galera da banda.

    Aos que continuam com a música, um abraço e boa sorte. Ao Gus, um texugo verde.

    Absss

  3. tem gente que quer matar o rock de brasília.
    você (eu), provavelmente, tem uma banda muito boa, se é que tem.

  4. O primeiro disco dos Bois é classico!

    Não entendo por que tanta gente tem raiva dos Bois de Gerião e do MCA.

    Sinceramente!

    Não gostar das bandas é uma coisa, mas essas criticas acho exageradas. Faltam fundamentos.

  5. “o primeiro disco do bois é muito, muito bom. evidentemente, bom demais pra “dar cierto” & tal.”

    Porque existe uma relação necessária de proporcionalidade inversa entre qualidade musical e dar certo, né? Por exemplo, discos como Nevermind, Sgt. Pepper’s, Led Zeppeling IV venderam dezenas de milhões porque são lixo da pior qualidade, segundo esse raciocínio?

    Pros corporativistas esperneantes, olha aí o que o tal diploma de jornalismo faz com a cabeça das pessoas. Já foi tarde, bem como o tal do Bois. O primeiro disco do Bois não estourou porque não tinha gravadora grande por trás bancando o jabá. Só isso. Mas jornalista não admite que as bandas “estouradas” que ele gosta são tão resultado de jabá quanto as que ele não gosta. E aí, em vez da gente discutir a cultura pop de uma forma minimamente ilustrada, só o que rola é essa reprodução iletrada de chavões corporativos, cujo único propósito é tentar sustentar essa idéia medieval de que gosto e opinião de jornalista não são gosto e opinião, mas sim verdade absoluta. Que coisa mais 1999. Até quando vai ficar nisso?

  6. o bois era uma boa banda engraçadinha assim como o móveis. é bacaninha num show, até dá para ver novamente num festival, mas eu não tinha muita paciência para escutá-los no som do carro, p ex.
    foi legal, fez parte da história do rock, participa do escopo musical que gera grandes artistas, afinal não existem gênios que se criam sozinhos, necessariamente eles precisam estar imersos num caldeirão que os germinam num contexto. tá valendo.

  7. A questão é: A banda era realmente ruim? Não acho. Não acho mesmo!

    Não é toda banda que faz um disco bacana como o primeiro deles, fora os shows que costumam ser muito bons!

    Não é a melhor banda da cidade, não é o melhor disco lançado por aqui, mas com certeza é um disco de respeito e feito com sinceridade de quem era atuante na cena.

  8. elementar, aristóteles. olhe ao redor. cadê o novo nervermind? o novo sgt peppers? o novo led zepp 4?
    na mtv? na rolling stone? no high school musical?

  9. bois era uma banda divertida. alegre e desencanada. só isso. que é muito. com umas guitarras a menos perigava ser o skank. ainda bem que tinha guitarras a mais.
    abrazo.

  10. Com um nome desse não tinha que durar mesmo…
    Mas nome é o de menos, pois o som não prestava do mesmo jeito.
    Brasília está precisando de bandas melhores. As atuais são muito ruins e as mais antigas já deviam ter se aposentado.

  11. po essa banda era uma merda. mas o pior é que
    deixou filhotes, que é essa bosta rala do
    moveis coloniais da aracaju. o Lucy também é
    outra grande merda com aquela garota desafinada.
    so teve lixo nos anos 00. proto, superquadra,
    bandas do selo fernando rosa. que decada maldita

  12. O importante é não deixar o ROCK BRASÍLIA morrer. Deixem os meninos trabalharem, portanto. Admiro muito esses artistas que dão a cara à tapa… eu é que não queria estar no lugar deles…

  13. Prot(o) lixo? Ah! Mas não é MESMO! MAS NÃO É MESMO! Prot(o) é uma das melhores bandas que já surgiu por aqui, se não for a melhor! O primeiro disco beira a perfeição…

  14. Bois de Gerião vai fazer falta. Tinha identidade com brasília e a sua simplicidade e musicas divertidas faziam a diferença. Era triste ver os caras tocando pra 30 cabeças sendo que mereciam fazer shows muito maiores. Infelizmente essas bandinhas fuleiras com jabá ofuscaram o brilho do bois.

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