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Rock Brasil afora

Texto e fotos: Penny Lane (Rock Brasília)

john bullBalneário Camboriú (SC) – Brasiliense tem a mania de achar que em Brasília tudo é mais difícil. Vou passar três meses em Balneário Camboriú (SC) por motivos profissionais. E consegui achar um lugar onde posso ver e ouvir rock. Talvez você já tenha ouvido falar do John Bull, pub de rock presente em várias cidades do país. Ontem (4/7) fui conferir o que o rock catarinense tem a oferecer.

A balada no John Bull de Camboriú começa depois da meia-noite. As pessoas vão chegando, o ambiente enchendo e o rock and roll comendo solto, tanto no áudio, como no telão imenso que fica ao fundo do palco. Ontem foi a vez do metal ditar as regras. Quando cheguei, o clipe que passava era de uma música do Motörhead junto com o Girlschool. Me senti em casa. Puxei assunto com Klaus,  responsável pelos vídeos e mesa de som da noite. Ele me falou que não é profissional, nem contratado. É apenas um aficcionado frequentador da casa que procura contribuir para que a noite seja de qualidade.

Conheci também a Carol, dona do pub. Ela e o marido trabalham há 11 anos no ramo. Antes de assumirem o John Bull, Carol trabalhava como caixa e o marido como garçom do local. A casa ia mal das pernas e, por isso, o antigo dono queria fechar as portas. O casal decidiu arrendá-lo, tudo em nome do rock. E deu certo! O pub é um sucesso de público e tem uma acústica maravilhosa.

syndrome2Duas bandas se apresentaram na noite de sábado. A primeira tocando covers de clássicos do AC/DC, Queen e Pink Floyd, entre outros. A segunda, e mais esperada, era a Syndrome.  Composta por cinco integrantes, tocou durante mais de uma hora e meia para um público apaixonado e que cantava todas as músicas do segundo CD, chamado Held in Mind. Duas guitarras, tocadas por Marco A.G. e Luciano Stimamiglio, que alternavam solos e bases numa sintonia perfeita. O baterista Filipe Maliska (de camisa pólo) mandava muito bem. O baixo de Osvaldo Dauve, inspirador, fechava a sinfonia que passeava entre o metal melódico e o hardcore. O vocal de Rodrigo Peplau estava impecável, como poucos que já ouvi nas minhas andanças pelo mundo independente.  Todas as letras em inglês, claro. syndrome3

syndromeO Syndrome já tem 15 anos de existência. E nesse período sofreu mudanças em sua formação. Mas o som é redondinho e prima pela qualidade sonora dos acordes. Conversando com os integrantes, ao final do show, fiquei sabendo que em Camboriú o único lugar para tocar é mesmo o John Bull. Por essa razão, as bandas precisam ir para outras cidades se quiserem manter um ritmo legal de apresentações. Mas nem por isso você vê os músicos reclamando, como fazem em Brasília. Cada uma tenta dar a volta por cima e encontrar seu caminho. E ninguém fica parado esperando que lugares novos apareçam ou que o público esteja sempre presente. O CD da Syndrome era vendido na porta do pub por R$ 10. Mas se alguém quisesse, e não tivesse grana na hora, levava assim mesmo.  Bom, né?

7 comentários sobre “Rock Brasil afora

  1. à propósito…
    Uma matéria sobre o barsinho rock do bairro onde moro não seria nada mal!
    o nome do lugar é Parada Obrigatória e sempre tem música ao vivo. Rock é o carro-chefe, mas as quintas tem reggae. Seria muita intromissão pedir que vocês fizessem uma matéria sobre?
    Posso colaborar. Sou estudante do 7º período de Jornalismo – pela UCB – Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro.

    Quem não se comunica, se trombica!
    abraços

  2. ESTAMOS BASTANTE CONTENTES COM A EXPRESSÕES OI, COLOCAMOS CINCO VÍDEOS COM NOSSAS MÚSICAS E ESPERAMOS EM BREVE TOCAR NUM EXPRESSÕES NA RUA PELA NOSSA REGIÃO!!! VALEU GALERA DA PRODUÇÃO, TÁ BEM LEGAL MESMO. É DESSAS FORÇAS QUE A GENTE PRECISA, UM ABRAÇÃO DA FAMÍLIA DEMO VIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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