Madrugada fria de sábado (4/7) em Brasília, 1h20. Terminado o Cult 22, dei carona para a Alê dos Santos se divertir na festa Play!, no Blackout Bar. Eu estava cansado e em dúvida se iria mesmo ao Mercado Alternativo ver o show de Slim Jim Phantom. Em nome do rock, achei melhor conferir. Cheguei lá 10 ou 12 minutos depois e fiquei assustado com a pouca quantidade de carros no estacionamento. Entrei e constatei o que já temia: não havia mais que 100 pessoas no local.
O trio formado por Slim (bateria), Jimmy Rip (guitarra) e Nixxx (baixo acústico) estava no final da terceira música do set list que se estendeu até quase 2h30 e onde se pode ouvir músicas de grandes nomes do rockabilly – Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Buddy Holly e Carl Perkins, entre outros -, além, claro, de clássicos do Stray Cats (Runnaway boys, Stray cat strut, Rock this town…). A plateia era formada por fãs que dançavam na frente do palco, cantavam várias das canções, mas caberiam perfeitamente em qualquer pub da cidade. Uma pena, pois a apresentação foi divertida, apesar do notório clima de decepção entre os presentes, inclusive os músicos.
Apesar de sua prolífica carreira e de vários discos lançados por projetos diversos, Slim Jim Phantom não é nenhum grande astro do rock. E sua banda mais famosa, os Stray Cats, não arrebataria nenhuma multidão se fosse a atração principal. Havia também o frio e a concorrência de outros eventos na noite de sexta-feira, como o Festival de Inverno (com o Ultraje a Rigor), no estacionamento do Mané Garrincha, e a festa Realize suas Fantasias, na UnB. Além do fato de o Mercado Alternativo, ao lado do Camping Show, não ser bem conhecido ainda do público e longe pra quem não tem carro.
Tudo isso, porém, não justifica um público tão pífio, na minha opinião. Era um show para, no mínimo, quatro ou cinco vezes mais gente do que esteve lá na sexta-feira à noite. Hoje (5/7), a partir das 18h, vai ter um festival internacional de reggae no mesmo local que deve reunir quase mil pessoas.
O que faltou então: melhor divulgação do evento (teve gente que disse só ter ficado sabendo do show na véspera, apesar de rolarmos chamadas durante duas semanas na programação da Cultura FM, além das promoções no Cult 22)? Escalação em um espaço mais bem localizado? Ou falta de interesse ou curiosidade do público brasiliense? Ficam as questões…
Caro Marcos, acredito ter sido apenas um infelicidade, pois realmente o show coincidiu com os vários eventos. Eu por exemplo, com a $aude apertada, não sai na sexta para poder conferir o show de sábado do festival. Mas com certeza em um pub o show teria sido mais aconchegante. O Mercado é espaço para bandas com público muito grande. Infelizmente no Brasil e principalmente em Brasília não se dá a importância que uma banda como o Stray Cats deveria ter!
Brasília: capital do axé, do reggae, do pagode. Essa história de capital do rock já era…
É fato. Capital de qualquer coisa, menos rock.
E ae MP? Acho que foi um pouco de tudo o que vc escreveu no último parágrafo. Eu até achei que tinha mais público de rockabilly em Brasília. Eu sei que quem foi curtiu bastante e quem não foi, perdeu um dos melhores shows do ano.
Bem, o fator principal (único, na verdade) que me fez ficar de fora, foi a ausência total de $ no último fds do mês! sim, pq para quem recebe no 5o dia útil, foi o último… :-/ Não tinha da onde tirar 25 reais (ou algo assim)… Achei o evento bem divulgado e muitos amigos meus, pelo menos, interessaram-se bastante! Mas estavam na msm situação que eu… Acabamos na Landscape, de graça…
Cara eu sai de bau la das trevas de taguatinga para ver esse show e quando cheguei vi a falta de profissinalismo do baterista acabando o show antes do previsto ate o guitarrista dele estava querendo tocar mais ,mais paciencia ,apesar de que ele ia ganhar a mesma coisa se tivesse 100 ou 2000 .
Faltou melhor divulgação, não fiquei sabendo, só agora pesquisando na internet