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Crônica do rebaixamento

Quem ouve o Cult 22 ou nos conhece pessoalmente, deve saber que eu torço pelo Fluminense, e o Abelardo pelo Vasco. Neste momento, a 12 rodadas do final do Campeonato Brasileiro, nossos amados clubes se encontram na zona de rebaixamento. Matematicamente, as chances de os dois escaparem da queda já não são tão grandes, embora existam outros seis times embolados lá embaixo da tabela.

Não vou falar do Vasco, reservo este direito a meu colega. Sobre o Fluminense, pressinto o pior. Já achei a perda do título da Libertadores, no início de julho, um “trabalho sobrenatural” encomendado por alguém. Não que o time tricolor fosse uma maravilha. Mas, depois de eliminar São Paulo e Boca Juniors e reverter a desvantagem do primeiro jogo da decisão contra a LDU (4 x 2), em 60 minutos de tempo normal no Maracanã (3 x 1), faltaram pernas para marcar só mais um golzinho na meia hora final - ou nos 30 minutos da prorrogação! Foi o começo de uma praga que assolou as Laranjeiras.

Afinal, começamos o Brasileirão com um time formado por reservas e juniores e somamos apenas três pontos em oito jogos, enquanto os adversários foram abrindo frente. Após a fatídica decisão, começamos na lanterna a “disputar” de verdade o campeonato. Nas 11 partidas seguintes, ganhamos mais 13 pontos e subimos apenas uma posição. Renato caiu, Cuca (foto) foi contratado e o início do returno foi promissor. Duas vitórias seguidas, uma delas lá em Recife, sobre o Náutico. Saímos da zona da degola. Mas a reação parou por aí. Seguiram-se três empates no Maracanã, um deles no clássico contra o Flamengo, que vencíamos por 2 x 1 até os 43 minutos da segunda etapa. Depois, perdemos para o Santos por 2 x 1, na Vila Belmiro.

No sábado passado (20/9), contra o Coritiba, mais uma vez no Maraca, o jogo que, pra mim, decretou o desespero total. O time jogou com raça, criou boas chances, chegou a estar ganhando por 2 x 1 e mereceu a vitória. Mas perdeu por 3 x 2 graças a falhas bisonhas da defesa. Como se não bastasse, o garoto Tartá simplesmente deu o passe para o gol da vitória do Coxa, deixando o Keirrison na cara do Fernando Henrique, em uma atrasada infeliz. Nem adianta chorar que o Washington sofreu um pênalti quando estava 0 x 0, nem que o segundo gol paranaense saiu de um empurrão no estreante Wellington Monteiro. Não tem desculpa!

Agora, as contas são as seguintes: temos que somar pelo menos 20 pontos nos 12 jogos restantes. Alguns deles, sinceramente, já considero perdidos: Cruzeiro, Internacional e São Paulo, fora, e Palmeiras, no Maracanã. Nos outros oito, dois são clássicos – Botafogo (no próximo domingo) e Vasco. No mais, tem Goiás, Ipatinga e Portuguesa, em casa, Atlético-PR, Vitória e Figueirense, fora.

E pensar que a rodada do último fim de semana tinha sido ótima, a não ser pela vitória da Portuguesa sobre o Botafogo. Se tivéssemos feito o dever de casa, subiríamos para o 15º lugar, um ponto atrás de Santos e Náutico. Com a derrota, porém, caímos para a penúltima colocação, mesmo lugar que estávamos ao final do primeiro turno.

Agora, só com muita reza!

12 comentários sobre “Crônica do rebaixamento

  1. Marquinhos companheiro.

    Eu endosso suas palavras. Para mim, sábado foi quando a ficha caiu. Por tudo o que você disse, pela tabela, pela apatia, pela inércia. Como você, considero totalmente perdidos os jogos contra Cruzeiro, Inter, São Paulo e Palmeiras (mesmo no Rio). O foda é que foi tudo piorando. No começo, ganhávamos em casa e perdíamos fora dos grandes e de alguns pequenos. Depois, começamos a perder todas fora. E empatar várias em casa. Agora, perdemos em casa pra times pequenos. A tabela é massacrante.

    O Washington tá jogando sozinho, coitado. E eu nem tenho como culpar a diretoria. O desfalque do Flu nessa história toda foi o Thiago Neves. Ele faz falta, mas o Gabriel não jogou nada no semestre inteiro e até o Arouca improvisado dá mais conta do recado. O Cicero faz um pouco de falta, mas não é nenhum craque. No mais, houve uma queda de rendimento sem precedente. Thiago Silva, Luiz Alberto, Junior Cesar não tão jogando 10% do que jogaram no primeiro semestre. O Arouca continua inconsante. O Conca é bom, mas também não resolve sozinho. Dodô já foi tarde (babaquinha!!!). Mauricio, que vinha entrando bem, está um desastre. Assim como Roger e Tartá. Dos reforços, o cachaceiro do Ceará parece ser bom.

    Mas nada disso adianta. Os times todos estão ganhando pontos lá embaixo. Não tem nenhum América de Natal esse ano – nem o Ipatinga. O Vasco tem um time horrivel e deve mesmo cair. Mas o Flu é incompreensível. Nem jogo em casa contra o Goias ou Coritiba a gente pode mais considerar ganho. Esses tres jogos (Goias, Coritiba e Foguinho) eram pra gente fazer 6 ou 7 pontos. Agora, se fizermos tres, eu ja vou achar lucro.

    É triste demais, dá dó mesmo ver isso acontecendo. O rendimento tem que dobrar e isso não é facil.

    Abs

  2. Marquinhos,quem é o empresário/agente ou sei lá o quê do Cuca? Seja quem for o cara é muito bom,pois o Cuca nunca fez nada em time nenhum,e só treina time grande!Eu não queria ele treinando meu time(Vasco)nem de graça!

  3. Discordo de você, Felipe. Acho que a diretoria tem (muita) culpa. Faltou planejamento… ou a Unimed decidiu cortar a grana, sei lá! Estava mais que óbvio que, ao perder a Libertadores, iria rolar um êxodo de jogadores. Os Thiagos estavam com passaporte carimbado. Só o Silva é que teve uma certa honra e decidiu ficar até o fim do ano. Do Neves não dava pra esperar outra atitude. Tudo bem que alguns jogadores caíram de rendimento mesmo. Mas não é contratando Wellington Monteiro, Ciel, Eduardo Ratinho, Éverton Santos e EdCarlos que o time vai sair da lama.

    Veja o Flamengo (duro ter que admitir): saíram Souza, Renato Augusto e Marcinho, mas vieram vários outros. Podem não ser nada demais, como a imprensa quer fazer crer, mas é melhor do que a gente contratou. Com o detalhe: nós temos que recuperar (muitos) pontos perdidos por causa do início do campeonato sem os titulares. Eles, não!

    Muito triste, 10 anos depois, não conquistar a Libertadores e ainda ver nosso time de novo na segundona!

  4. Eu sou botafoguense e considero o Cuca um grande treinador, só que ele faz um trabalho de médio e longo prazo, o que não é exatamente o que o Fluminense precisa no momento.
    O grande problema de se focar e se planejar visando um único objetivo, como foi o caso do Fluminense com a Libertadores, é que com uma derrota perde-se muito mais que um título inédito, perde-se o norte.
    Houve uma entrega muito grande por parte de todos do Fluminense, a imagem do Renato desabando após a eliminação do São Paulo foi muito marcante. Imaginem os jogadores após verem o único objetivo almejado na temporada escorrer pelos dedos…
    Foi uma aposta alta, e como tal envolveu riscos altos. O Fluminense tem time para sair fácil dessa situação, mas terão os jogadores cabeça?

  5. É, Marquinhos, mas o que digo é que, efetivamente, de 11 jogadores que chegaram ao vice da Libertadores, perdemos só um que tava jogando muito. Mesmo quenao chegasse ninguém, não é motivo pra estar na zona de rebaixamento. Por isso não culpo tanto a diretoria. Vendeu a merda do Gabriel e contratou Eduardo Ratinho, que nao cheira nem fede (alias, nem joga). O Cicero saiu, mas, como disse, nao era peça fundamental a ponto de lamentarmos. É isso o que quero dizer: nao faz diferença contratar um cabeça de bagre ou ninguem, nesse aspecto.

    O Flamengo também nao perdeu muito. O Renato Augusto não vinha jogando há tempos por contusão. O Souza é uma bosta. Só o Marcinho é que tava matando a pau. Mas o time todo já vinha num crescente, com destaque pras duas laterais, que foram mantidas. E os contratados que vieram de lá também não são ninguém, praticamente.

    O que falta é vergonha na cara nos jogadores. Não dá pra acreditar, repito, que J. Cesar, Luiz Alberto, Arouca, Th. Silva e cia estejam jogando tão mal assim de uma hora pra outra.

    Abs

  6. Pô, marquinhos, tá desanimado mesmo hein?!
    Também, quem mandou contratar o Cuca.
    Pior de tudo é que você e seu companheiro de Cult podem morrer abraçados… puts… aí complica.

    Abraços

    Luciano

  7. Cult 22 em festa.

    Cairão Fluminense, Vasco e se Deus quiser o Atlético Mineiro.

    Nunca mais teremos o momento do futebol no Metal Attack.

    Hihi.

  8. apesar de flamenguista (rs), nunca fui de secar o time nenhum (nem mesmo os principais rivais pq sempre achei isso uma grande besteira)… falo com muita tranqüilidade que faltou planejamento e sobrou arrogância por parte do fluminense na fase final da libertadores e início do brasileiro, especialmente por parte do renato gaúcho que, além de perder o título mais importante da história do tricolor, conseguiu colocar todas as torcidas contra o flu com suas declarações inoportunas. foi de um amadorismo surpreendente…

    francamente, não queria ver o vasco na série b, seria uma vitória de idiotas como o eurico miranda e péssimo para o roberto dinamite, grande craque do nosso futebol nos 80s e presidente que quer levantar o clube e, por tabela, o futebol brasileiro como um todo. vejo que ele tem uma proposta de gestão interessante, de parceria, respeito e profissionalismo entre os clubes e de rivalidade restrita ao âmbito do gramado.

    também não torço para o rebaixamento do flu, mas o retorno à série “a”, cerca de 10 anos atrás (não lembro exatamente a temporada), foi via tapetão… então, seria justo que o time voltasse pra série “b” e percorresse o caminho das pedras como todo clube que é rebaixado.

    um abraço!

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