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Atrasos e tempestade prejudicam o Porão do Rock 2017

Galera no Baiana System

Edição: Marcos Pinheiro
Textos: Ana Júlia Tolentino, Cristiano Porfírio e Janaína Montalvão (Palcos Budweiser e Claro), Hanna Guimarães, Raphael Costa e Cristiano Portírio (Palco Brasília Capital do Rock)
Fotos: Lyanna Soares e Octávio Schwenck Amorelli
Vídeos/entrevistas: Octávio Schwenck Amorelli e Bruna Senseve
Assistência de produção e redes sociais: Érika Ferrare

 
A versão 2017 do Porão do Rock foi com certeza a mais problemática da longa história do festival brasiliense. A tempestade que desabou sobre a arena montada no estacionamento do Estádio Mané Garrincha no fim da noite de 25 de novembro prejudicou demais a programação. Quatro shows foram cancelados – Dark Avenger, Deceivers, Krisiun e Black Alien – e o clima foi de muita insatisfação nas redes sociais. Um ambiente que já vinha “carregado” pelo descontentamento de parte do público com o line up, que reuniu alguns nomes fora do universo estrito do rock, tais como Elza Soares, Baiana System, Braza e Black Alien. Sejam pelas atrações, seja pelo medo da chuva, o fato é que pouco mais de 10 mil pessoas estiveram presentes este ano, um recorde negativo em 20 edições do evento.

Público metalPelo terceiro ano consecutivo a crise financeira obrigou a organização a realizar o festival em apenas um dia e numa época “arriscada” em Brasília para um evento ao ar livre: em 2015, o tempo permaneceu “firme” no dia 5 de dezembro. Em 2016, a garoa fina e o vento atrapalharam um pouco as primeiras horas do Porão, ocorrido em 29 de outubro. Dessa vez não teve jeito: a chuva torrencial por volta da meia-noite de sábado para domingo inundou o Palco Brasília Capital do Rock, reservado às atrações do rock pesado, logo após o show do Sepultura. Para piorar, o Palco Budweiser também entrou em pane. Na reta final da programação, apenas o Palco Claro “sobreviveu”.

O Porão 2017 já tinha começado com atraso por conta de complicações na passagem de som. O primeiro show, programado para 15h, teve início às 16h30 no palco pesado – e somente às 17h20 no Palco Budweiser. Para “consertar o relógio” e chegar ao fim perto do horário previsto (3h), a produção conseguiu cortar intervalos e reduzir um pouco os sets. O fluxo parecia ter mais ou menos se ajeitado até que veio a tempestade. A programação do palco pesado não teve como prosseguir por razões de segurança – e as três últimas atrações foram canceladas. Com apenas um palco funcionando, os intervalos voltaram e se tornaram mais longos com as naturais trocas de equipamentos. Já eram mais de 2h da madrugada quando o Baiana System subiu e não houve mais tempo hábil para o rapper Black Alien se apresentar em seguida. Uma pena…

Confiram momentos do festival com resenhas das 22 atrações que tocaram nos três palcos. E, mais abaixo, entrevistas em vídeo com algumas bandas…

Agressivo Pau PôdiO Porão do Rock 2017 começou no palco pesado por volta das 16h30 com o entusiasmo e a animação da Agressivo Pau Pôdi. O grupo brasiliense já chegou conquistando o público mais pontual e quebrando tudo com o screaming de “Hate you”, seguido por “Rondas da maldade”. O primeiro disco, “Derreteu Meu Cerebêlo”, lançado este ano, traz um discurso politizado sobre legalização da maconha, corrupção e a relação da sociedade com a polícia. O vocalista Pedro Menezes e o baixista Gabriel Veloso interagiram o tempo todo com a plateia, puxando coros sem perder o fôlego. As músicas mais empolgantes foram “Bob Dylan”, homenagem ao ilustre bardo norte-americano, e “Padre maldito”, com muitos pulos e batidas de cabelo. A banda se despediu com “Congresso Nacio(a)nal” com direito à declaração de amor à cantora paulista Céu.

MofoQuem gosta de thrash metal – e não anda por dentro da atual cena de Brasília – teve grata surpresa com o Mofo. A apresentação começou às 17h com muita energia, técnica e velocidade. Vencedora de uma das seletivas realizadas este ano, apresentou músicas do primeiro EP, “Empire of Self-Regard”, e abriu com “Mountain of origin”, agradando o bom número de espectadores que usavam a camiseta da banda. Não demorou a surgir as “rodinhas de pogo”. Já na terceira música, “Black Squad”, a plateia “incendiou”. Na quarta, uma novidade: a inédita “Let Them Fall”. Antes de começar “Final Experiment”, o vocalista Emiliano Gomes pediu porrada e foi atendido imediatamente. Logo nos primeiros acordes, a rodinha dobrou de tamanho e ninguém ficou parado. Fecharam com “We Are Metal” fazendo os “camisas pretas” pularem e balançarem a cabeça.

Os CabeloduroO veterano Os Cabeloduro começou sua apresentação com o single “A gente só se fode”, do álbum de mesmo nome, lançado no fim de 2015. A plateia estava cheia de pequenos fãs, filhos dos integrantes e de amigos, que comandavam a frente do palco com muita dança e animação. Ao fundo, manifestações de apoio com vaias e xingamentos para alguns políticos do Planalto. O vocalista Hélio Gazú pediu para que a galera refletisse sobre o que está acontecendo na política e na economia do país. Um convidado especial foi o artista de rua Celimar, antigo amigo da banda, que passou o show fazendo grafite ao vivo na lateral do palco. A música “Cala a Boca Animal” foi dedicada ao deputado Jair Bolsonaro e se tornou o ápice do show, com direito à roda punk, coro forte da plateia no refrão e salto mortal de Gazú de cima da bateria. Até o guitarrista Ralph se empolgou e foi fazer um solo no meio do palco. A saideira foi em grande estilo, na polêmica “A Barca”, com a presença das crianças em cima do palco dançando e cantando.

A banda paranaense Water Rats começou sua apresentação às 18h25. Com dois discos cheios e dois EPs, faz um som cru que passeia entre o grunge, o punk rock e o hardcore. As duas primeiras músicas foram “Kharma” e “Animal”, do novo disco “Year 3000″. Desde o início a rodinha punk se formou. Mas foi na quinta, “Forever Vacation”, que ela cresceu e se estabeleceu. O set ainda contou com “Worms”, “Fake News” e “Macumba”. O grupo também fez duas homenagens a grandes ícones do rock, em “Rolling Stoners”, do mais recente trabalho, e “Kurt Cobain’s Ghost”, do primeiro disco “Ugly by Nature”.

Black PanteraBlack Pantera fez um dos shows mais energéticos do Palco Brasília Capital do Rock. O público estava tão empolgado que bateu cabeça e fez roda punk em todas as músicas. O power trio mineiro começou com um solo de bateria de Rodrigo “Pancho” que, sozinho, já fez a galera formar círculos até na área VIP. A partir daí, a apresentação apenas subiu de nível. Charles Gama, vocalista e baterista, pediu para todo mundo chegar mais perto. E o crossover de thrash, hardcore, punk e groove tomou conta do espaço em músicas como “Ratatá” (que parece ser a favorita do baixista e vocalista Chaene da Gama), “Godzilla” – onde o baterista jogou o banco longe e começou a tocar de pé, enquanto Charles foi para a plateia -, e “Abre a roda e senta o pé”, emendada com vaias para os políticos. Na saideira, “Foda-se” separou o público nos dois lados do palco formando uma imensa ciranda punk. Os integrantes terminaram visivelmente emocionados…

A banda mineira Eminence subiu em seguida para mostrar seu som poderoso e brutal. Foi a segunda vez que se apresentou no Porão do Rock. Com vocal gutural intenso e som puxado para o death metal e adjacências, o grupo começou a apresentação com “Self Rejection”, do disco “The Stalker”. O vocalista Bruno Paraguay chamou pela rodinha e foi atendido. Em “Minds Apart”, último lançamento, a roda dobrou de tamanho e fez jus à brutalidade apresentada. “Obey”, “The God” e “Day 7″ mantiveram o ritmo e a animação do público. A banda encerrou com “Onefortyfive”.

A brasiliense The Grindful Dead veio mostrar o grindcore da capital desfalcada do baterista David, que não pôde comparecer por estar em turnê com o Violator. Mas foi bem substituído por Mateus Nygrom (das bandas Miasthenia e Considered Dead), que já entrou empolgando com um improviso nos tambores e quebrando tudo em “Can You Dig It”. A combinação da voz pesada de Pablo Lionço com o backing vocal e guitarra de Marcio Reis e a energia constante e contagiante do baixista Túlio DFC trouxeram um estilo autêntico e irreverente. Com muito bom humor e presença de palco, o grupo apresentou o CD “I Spit On Your God”, lançado em junho deste ano. Nem mesmo os problemas técnicos que ocorreram no início do show atrapalharam, pois os integrantes aproveitaram a brecha para interagir com a plateia. Ao final, convidaram Gustavo Rosa, vocalista do Restless para cantar “My Venom t-shirt” e finalizaram com uma crítica à moda de gourmetização em “Suffer the hipsters”.

SepulturaFinalmente o Sepultura teve a oportunidade de mostrar em Brasília “Machine Messiah”, o 14º álbum de estúdio, lançado no início deste ano. Derrick Green (voz), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) iniciaram a apresentação com “I Am the Enemy”, faixa que abre o novo disco. Daí até o fim foi desfilando a competência e o carisma de uma banda que completou mais de três décadas. Ao fim da quinta canção, “Machine Messiah”, Andreas Kisser avisou: “O Sepultura tem uma história muito legal com o Porão. Completamos 33 anos de banda, vamos tocar uma coisa velha, a canção de 1989 chamada ‘Inner Self’”. Os fãs, claro, foram ao delírio! No sprint final, enfileiraram clássicos como “Territory”, “Refuse/Resist”, “Arise” e “Roots Bloody Roots”. Um show que, de tão poderoso, acabou “atraindo” a tempestade, que inundou o palco pesado e inviabilizou as três apresentações seguintes, de Dark Avenger, Deceivers e Krisiun.

LupaOs brasilienses da Lupa subiram às 17h20 para apresentar as canções de seu primeiro disco, “Lupercália”. Liderada pelo cantor Múcio Botelho, a banda canta o pop rock da forma mais enérgica possível. Classificada na primeira seletiva deste ano, deixou o pequeno, porém fiel público que já se aproximava do palco, feliz da vida com as performances em “Quimera”, “Lunático” e “Justo Eu”. Um show à parte é a presença e atitude do empolgadíssimo Múcio: ele dançou, correu de um lado para o outro, subiu na estrutura lateral do palco e interagiu com a plateia de maneira intensa. Um início animador de festival.

Maria Sabina & a PêiaVencedora da primeira seletiva de 2017, Maria Sabina & a Pêia “é uma mistura de povos em forma de banda, que resulta na mescla de música brasileira com psicodelia”, como a própria banda acertadamente se descreve. Formada em 2015 sob o comando da vocalista Maria Sabina, chegou ao festival com o primeiro EP, “Tempo arruaceiro”, lançado este ano. O show agitou do início ao fim. Com ritmos brasileiros misturados ao rock, fez o público dançar com peso e baião.

ToroToro é uma das gratas surpresas da nova cena do rock brasiliense. O quarteto liderado pelo vocalista Thuyan Santiago recicla elementos da música, surpreende com um som pesado e bem executado. No repertório, testou músicas que farão parte do primeiro álbum cheio, a ser lançado em 2018. Algumas como “Um” e “Blues” sequer tem nomes definitivos – a segunda impressionou pela “porção” Led Zeppelin. Com canções que apresentam virtuosismo e “peso” em conjunto com uma iluminação de encher os olhos e belo videografismo, a banda conquistou a plateia, que aplaudiu muito ao final.

Em seguida, o duo paulista FingerFingerrr, formado por Flavio Juliano (baixo, guitarra e voz) e Ricardo Cifas (bateria, teclado e voz), trouxe seu “punk dançante”. Eram 21h20 e, ao som de “Quem te convidou”, a banda carregou o som ácido e agitou o público. Obviamente estando em Brasília, não deu para não falar de política. Ricardo, empolgado, seguiu com um pequeno discurso e interagiu com o público e seu parceiro musical. Entre batuques e riffs, um coro de “Fora Temer” surgiu, transformando-se eventualmente em “Fora Tender”, como escrito no telão do palco. Para finalizar, a dupla tocou as principais canções de seu único disco, “MAR”, como “Kanye”, “Pyrrhic V” e “Eu só Ganho”.

elza soaresAos 80 anos de idade e 66 de carreira, Elza Soares foi uma das atrações mais aguardadas do festival. Graças a sua vida e trajetória cheias de histórias de superação, ela foi eleita em 1999 a “Cantora do Milênio” pela rádio BBC de Londres. Com 34 álbuns em sua discografia, ela se destacou mais uma vez com o seu trabalho mais recente, “A Mulher do Fim do Mundo”, lançado em 2015, onde mistura gêneros como samba, rock, rap e eletrônica, e temáticas atuais como violência doméstica, sofrimento urbano, transexualidade e negritude, entre outras. No Porão do Rock 2017, apresentou o show “A voz e a máquina”, repleto de efeitos de sintetizadores, guitarras e peso. Cantou músicas de toda a carreira, incluindo a que deu nome a seu mais recente álbum, e “Na pele”, que gravou com a baiana Pitty. Além de canções de Chico Science, Cazuza, Cassia Eller, Chico Buarque e até de Beyoncé (!). O show surpreendeu pela voz ainda potente e única. E pelo peso, que passeia do eletrônico ao rock, e fez o público dançar e cantar junto.

Já a cearense Rocca Vegas apresentou sua mistura de rock com música eletrônica, folk e pop e a diversificada bagagem musical de seus integrantes. Lançou recentemente o single “OVNI”, que mostra o lado psicodélico da banda. Chegou cativando o público brasiliense que, mesmo com a chuva forte, permaneceu na frente do palco curtindo. Ao final do show, o palco sofreu queda de energia e parou de funcionar a partir de então.

EufohriaA banda Euphoria debutou no Porão do Rock com um show competente abrindo a programação do Palco Claro. Iniciou os trabalhos com a música “Presságio da Tempestade”, que faz parte do álbum conceitual de estreia, “Outro Universo”, lançado este ano. Um dos pontos alto da apresentação foi a plateia gritando em uníssono “Euphoria Temer”, divertido trocadilho com o nome grego da banda.

O TarotPor volta das 19h25, O Tarot, vencedora da última seletiva deste ano, trouxe bom humor e energia ao palco. Ganhou experiência, jogo de cintura e, claro, o reconhecimento de uma base de fãs trajados com a camisa da banda, que esperavam perto do palco minutos antes da apresentação. Com a participação das irmãs Pina – Isabella na percussão e Isadora no sax – e de Tom Suassuna no violino, o vocalista Caio Chaim e companhia tocaram “Certezas supostas”, “Ballet de barraco” e a inédita “Construção”. Emocionados, fizeram todos dançarem e se encantarem com o som “nômade” de tons ciganos e mediterrâneos.

Com seu álbum de estreia, “Em Branco”, lançado em abril de 2016, o trio brasiliense AlarmesArthur Brenner (voz e guitarra), Gabriel Pasqua (bateria) e Lucas Reis (baixo) – vem se destacando na cena do rock autoral de Brasília nesses poucos anos de estrada. Já saiu em turnê própria ou ao lado de bandas como Scalene e Fresno. Tocou pela segunda vez no Porão do Rock e mostrou o motivo de tantas conquistas em pouco tempo, com muita energia e interação com o público. Apresentou duas músicas inéditas: “Som do Himalaia” e “Évora”. Para fechar, convidou integrantes de outras bandas locais – veja vídeo acima -, como Trampa, Toro e O Tarot, para uma “festa” em pleno palco ao som de “Incerteza”.

Ego Kill TalentA partir das 19h20, o Ego Kill Talent mostrou porque foi um dos destaques em 2017. Em um ano com disco homônimo de estreia e show no Rock in Rio, a banda formada por Jonathan Correa (voz), Jean Dolabella (bateria e guitarra), Raphael Miranda (bateria e baixo), Niper Boaventura (guitarra e baixo) e Theo Van Der Loo (guitarra e baixo) agradou em cheio. Afinal, a competência e o “peso” no som são forjados pela experiência dos integrantes em outros grupos como Sepultura, Diesel, Sayowa e Reação em Cadeia. Na metade do show, Jonathan agradeceu por estar no Porão do Rock, por 2017 ter sido um ano incrível para a banda e, por fim, enalteceu a energia do público.

O que parecia chegar ao fim só tinha começado: os cariocas da Braza ousaram e sacudiram a galera que esperava ansiosamente. A irreverência do quarteto, que conta com a participação de Lelei Gracindo nos metais, mostrou que a banda amadurece a cada show e se distancia da marca deixada pelo Forfun. Parecendo crianças brincando no palco, eles aproveitaram a boa fase e misturaram músicas dos dois discos lançados, como “Racha a canela”, “Oxalá”, e o single mais recente, “Moldado em barro”, todas recebidas pelo público com a mesma empolgação. As inserções não programadas, como quando o vocalista e tecladista Vitor Isensee se jogou no público ao som de “Tijolo por tijolo”, e o final do show ao som de “Segue o baile”, foram os toques que faltavam para premiar a banda como uma das mais queridas do festival.

Dona CisleneEm sua terceira participação no Porão do Rock, a rapaziada da Dona Cislene mostrou que em poucos anos atingiu a maturidade de bandas com mais tempo de estrada. Durante o show, Bruno Alpino (voz), Guilherme de Bem (guitarra), Pedro Piauí (baixo) e Paulo Sampaio (bateria) foram apresentando seus “hits” para delírio dos vários fãs, que não se renderam nem à forte chuva. Em “Tattooar”, primeiro single do novo álbum “Meninos e Leões”, Bruno desabafou: “A gente achou que não ia ter ninguém, obrigado por enfrentarem tudo, inclusive a chuva. Obrigado por puxar essa energia! Brasília é f****, P****!”. Na penúltima música, “Cidade Planejada”, o grupo atacou a classe política e puxou o coro de “Fora Temer”. Em “Má Influência”, a plateia abriu uma roda de pogo gigante que contou com a participação do próprio vocalista, “absorvido” pela massa humana.

Com o Palco Budweiser inabilitado por causa da tempestade, Alf Sá foi deslocado para o Palco Claro, onde apresentou a clássica “Chapírous” – dos tempos de Rumbora – e canções do primeiro disco solo, tais como “Você já está aqui”, “Quando tudo se desfaz” e “Mandinga”. Num set reduzido, o músico brasiliense convidou um time de peso, como Gaivota Naves (Rios Voadores), Guilherme Cobelo (Joe Silhueta), Carlos Beleza (Almirante Shiva), Gorfo (Cassino Supernova) e outros artistas para homenagear o músico Pedro Souto, que morreu em maio deste ano, ao som de “Pra onda boa me levar”.

Baiana SystemCriado em 2009 na cidade de Salvador, o Baiana System é uma mistura de ritmos e batidas brasileiras e jamaicanas. O nome vem da junção da “guitarra baiana” com “sound system”, os sistemas de som que guiam o trabalho nessa mix de estilos. O grupo ganhou visibilidade nacional no ano passado quando a música “Playsom” fez parte da trilha sonora do jogo “Fifa 2016″. A canção integra também o segundo álbum da banda, “Duas Cidades”. O combo encerrou o Porão do Rock agitando demais o público, o que já tem se tornado comum em sua trajetória. Mesmo após a chuva torrencial, a galera se aglomerou em frente, cantando e dançando muito durante uma hora de apresentação. Já eram 3h15 da madrugada e a produção do festival se viu obrigada a cancelar o show de Black Alien, que inicialmente fecharia a programação.

Agressivo Pau Pôdi

Alarmes

Black Pantera

Dark Avenger

Ego Kill Talent

Lupa

 
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Equipe Cult 22

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