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Uma aventura chamada Evanescence

O Cult 22 esteve nos shows do Evanescence em Brasília (20/4, no NET Live) e Rio de Janeiro (22/4, no Vivo Rio). Em vez da cobertura tradicional e meramente jornalística, optamos pela visão de uma grande admiradora da banda norte-americana, Lyanna Soares, fotógrafa e colaboradora do nosso blog e programa de rádio. Além do que rolou ao vivo, ela nos conta alguns detalhes de bastidores e a saga dos fãs em busca de fotos, autógrafos… e de um lugar colado na frente do palco!

Evanescence Brasília 1

Texto e fotos: Lyanna Soares

Brasília e Rio de Janeiro - Após um intervalo de quase cinco anos sem tocar pelo Brasil, o Evanescence deu início à temporada de shows em 2017 justamente no país. Segundo a vocalista Amy Lee, aqui se concentram o maior número e os melhores fãs. E Brasília foi justamente a primeira cidade a receber a banda norte-americana. Os integrantes chegaram à capital no sábado, dia 15 de abril. Mas somente na segunda-feira tivemos a certeza de que eles já estavam na cidade, após uma pessoa publicar foto com a cantora em frente ao restaurante de um shopping. No mesmo dia, um grupo de cinco fãs – incluindo eu – já estava na porta do hotel a espera de autógrafos e fotos. Mas ninguém apareceu.

Fãs com Amy LeeNo dia seguinte, o número de admiradores duplicou e dessa vez a espera valeu a pena. Os integrantes pararam duas vezes para fotos e alguns poucos autógrafos. De quarta-feira em diante, fãs de todo o Brasil se multiplicavam na porta do hotel, enquanto um pequeno acampamento se formava em frente ao NET Live Brasília, local onde se realizaria o tão esperado show. A essa altura, os rumores eram de que os ingressos para a Pista Premium já haviam se esgotado.

Jen MajuraNa véspera da apresentação, o Cult 22 recebeu a confirmação do credenciamento de imprensa. Alegria e expectativa total para mim. Mas, na hora que entramos no NET Live, rolou uma grande decepção. De todos os shows registrados pelo blog naquele espaço, apenas o Morrissey fez restrição ao trabalho dos fotógrafos, mas por uma boa causa – e a justificativa foi aceita sem questionamentos: os fãs tiveram a oportunidade de ficar colados no palco, pois retiraram a grade que os separava e afastava do artista, no evento realizado em novembro de 2015. Não havendo o “pit” (lugar reservado para seguranças e fotógrafos de imprensa em frente ao palco), tivemos que fazer os registros de imagens quase no final da Pista Premium.

Evanescence Brasília 2No show do Evanescence, apesar de haver o “pit”, fomos vetados de fotografar lá e realocados para a frente da house mix. O público – quase quatro mil pessoas, segundo a organização – passou o tempo inteiro com os braços levantados para tirar fotos ou gravar vídeos pelo celular. Além disso, a iluminação durante as primeiras músicas era mínima e, de longe, foi quase impossível ver o rosto de Amy Lee no palco. A decepção foi ainda maior depois que descobri o motivo da restrição – e logo lembrei de Axl Rose, que não deixou credenciar nenhum fotógrafo de imprensa nas apresentações do Guns n´Roses no fim do ano passado. O resultado disso está nas poucas fotos que consegui registrar com o mínimo de equipamento e lentes adequadas.

Evanescence Brasília 3No palco o Evanescence surpreendeu e superou as expectativas. A banda começou tocando “Everybody’s fool”, do primeiro CD “Fallen” (2003). Os fãs cantavam em coro todas as músicas e se exaltaram ao entoar o rap de “Bring Me To Life” que, na versão de estúdio, conta com o apoio de Paul McCoy. Sem alguém na banda para fazer a segunda voz, foi a galera quem levou junto e a própria Amy Lee reforçou. Entre os maiores sucessos, o set list, com pouco mais de 1h30, contou também com músicas raramente tocadas ao vivo, como “Take Over”, “Dirty Diana” (cover de Michael Jackson, mostrada apenas no show de Brasília), “Even in Death” (do CD demo “Origin”, de 2000) e “Haunted”, que não era apresentada desde 2009. “The Change” foi a “novidade” nos shows do Rio (22/4) e São Paulo (23).

evanescence rioMenos de dois dias depois eu já estava no Rio de Janeiro para a apresentação no Vivo Rio. Dessa vez deixei o lado fotógrafa e fui como “fã número 1″ – e consegui ver colada na grade graças à ajuda de uma amiga que fiz durante a semana de “acampamento no hotel”. Não foi nada fácil ficar 11 horas na espera, de pé e, em boa parte do tempo, pegando chuva – e ainda sendo espremida contra a grade lá dentro. Mas quando o Evanescence entrou no palco, toda a dor foi embora. A experiência foi deslumbrante, estar bem de frente à Amy Lee e ao grande guitarrista Troy McLawhorn (foto). Confesso que a emoção tomou conta de mim e chorei e gritei até perder a voz. Ao vivo e de tão perto temos a certeza do quanto a voz dela impressiona e de como a banda está bem amadurecida e em plena sintonia. Acho que dessa vez, a cantora – e única remanescente da formação original – tão cedo não substituirá nenhum músico.

Infelizmente não pude ir ao show em São Paulo, mas os fãs comentaram que a banda estava mais cansada e o desempenho não foi tão bom como nos anteriores. As fotos aqui são do que consegui registrar em Brasília e outras que fiz, pelo celular, no Rio de Janeiro…

Confira o álbum de fotos por Lyanna Soares Photography

Evanescence Brasília 4SET LIST
. Everybody’s Fool
. What You Want
. Going Under
. The Other Side
. Lithium
. Even in Death
. My Heart Is Broken
. Made of Stone
. Haunted
. New Way to Bleed
. Take Cover
. Breathe No More
. My Immortal
. Your Star

. Whisper (The Change, no Rio)
. Disappear
. Call Me When You’re Sober
. Imaginary
. Bring Me to Life

Bis
. Dirty Diana (Michael Jackson) (Whisper, no Rio)

3 comentários sobre “Uma aventura chamada Evanescence

  1. Só fiquei com uma dúvida. Na parte “A decepção foi ainda maior depois que descobri o motivo da restrição – e logo lembrei de Axl Rose, que não deixou credenciar nenhum fotógrafo de imprensa nas apresentações do Guns n´Roses no fim do ano passado.”, qual foi o motivo dessa restrição?

  2. Parabéns pela matéria Lyanna!
    Que pena que sua experiência aqui em Brasília não foi tão boa. Eu amei o show, curti cada minuto e achei super tranquilo (fui no show de SP em 2007 e passei umas 12h na fila).
    É nóis, evfã

  3. O show do Evanescence em Brasília foi excelente. Reconheço que temia que tivesssem perdido a “pegada”, nada disso, foi tão perfeito que algumas vezes parecia playback. Nada disso, Amy Lee arrasou. Só mudaria uma coisa, o posicionamento do piano não deveria ter sido no centro, deixando-a de costas para metade da platéia. Ótimo trabalho Lyanna!

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