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Porão do Rock 2016 dribla chuva fina e reúne 15 mil pessoas

Ira! - Gerdan Wesley (168) copy

Edição: Marcos Pinheiro
Textos: Cristiano Porfírio (Palco Chilli Beans), Lídia Rios (Palco Budweiser), Bruna Senseve e Raphael Costa (Palco Brasília Tattoo Festival)
Fotos: Lyanna Soares, Gerdan Wesley e Alessandro Dantas/Porão do Rock

Pela primeira vez em 19 edições, o Porão do Rock enfrentou problemas com a chuva. Realizado normalmente em tempos de seca no Distrito Federal, o festival já deu “sorte” no ano passado quando aconteceu excepcionalmente em 5 de dezembro e o dia permaneceu “firme”. Em 2016, porém, a garoa fina e o vento tomaram conta das primeiras horas do evento, realizado no último sábado (29/10), novamente no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Felizmente isso não alterou em nada a programação, que começou e terminou nos horários marcados – às 15h30 com a brasiliense My Last Bike e às 3h30 com o fim do show da carioca Planet Hemp.

O público a princípio se assustou com o tempo feio e demorou a chegar, já que choveu forte em vários pontos do Distrito Federal. Mas, a partir das 20h, 21h, tomou conta do local com mais força. No final, o Porão 2016 reuniu 15 mil pessoas ao longo da maratona com 12 horas de duração. Vamos conferir abaixo alguns momentos do festival com resenhas das 28 atrações divididas pelos três palcos.

Às 15h30, pontualmente, a brasiliense My Last Bike abriu o Porão 2016 com “Prelúdio/Resiliente”. Antes de tocar “Sr. Hego”, o vocalista Bruno anunciou com satisfação que naquele momento da apresentação “estava bem legal ter mais gente de preto que de amarelo”, uma referência irônica à equipe de segurança. O grupo aproveitou para apresentar uma canção nova, “Linhas Tortas”, e ainda mandou um cover de “Adolescente”, da paulista Cólera, dedicada aos adolescentes que estão ocupando as escolas e resistindo à PEC 241. Aos gritos de “resignar nunca” e “fora Temer!”, despediu-se com “A Ponte”.

Joe Silhueta - Gerdan Wesley (285) cópiaÀs 16h24, seis minutos antes do previsto, os anos 1960 e 1970 invadiram o palco com a também brasiliense Joe Silhueta. A comparação com os Mutantes é imediata por conta da psicodelia, do som de garagem e da mistura com música brasileira e regional executadas pela banda, ainda novata em existência, mas formada por músicos locais já conhecidos, de grupos como Rios Voadores, Almirante Shiva e Satanique Samba Trio. A boa voz de Guilherme Cobelo (ao violão) e as performances divertidas-maluquinhas de Gaivota Naves, acompanhadas pela ótima “cozinha” com guitarra, baixo, bateria e teclados, fazem deles uma ótima promessa da nova cena. Das oito músicas do repertório, destaques para “Não ligue o rádio”, “Café amargo” e “Hora gagá”.

Zamaster - Lyana Soares (46) cópia17h30 em ponto e o Zamaster chegou para apresentar o que tem de melhor: duas décadas em prol da diversão. Uma das bandas fundadoras do Porão do Rock, fez bonito ao se apresentar pela oitava vez. Iniciou com “O Que Me Convém”, apresentou o novo single “Pátria Armada” e ainda contou com a presença de Sylvio J, vocalista e guitarrista do Pravda – outro grupo pioneiro do festival – na versão de “Filosofia de Boteco”. Também não faltaram clássicos como “Desce a lenha”, “Pega pra capá” e “Cerveja e beck”.

Emicida - Gerdan Wesley (38)Às 18h55 a banda de Emicida iniciou com uma “intro” e o rapper abriu com “Oito” saudando a plateia. Antes de “Boa Esperança”, chamou a atenção para um vídeo com tema sobre o racismo, trecho do filme “Ó, Paí Ó”, protagonizado pelo ator Lázaro Ramos. Em “Gueto” – que tem a música incidental “Rap da Felicidade” -, discursou sobre a polêmica ocorrida no São Paulo Fashion Week e emendou com “Marinheiro Só”. Agradeceu in memoriam à sambista Clementina de Jesus, ainda homenageou o DJ Preto, Sabotage, Champignon e Chorão (Charlie Brown Jr.) e tocou “Hoje Cedo”, famoso single cuja gravação tem a participação da cantora Pitty. Visivelmente feliz, ainda mandou: “Porque o roquenrol também é música preta”. Duramente contestado pelos roqueiros mais radicais por sua escalação no festival, Emicida ganhou o público e fez uma apresentação impecável. Som com pressão, peso e quebrando paradigmas.

Far From Alaska - Lyanna Soares (136) cópiaÀs 20h35, a potiguar Far From Alaska, uma das “queridinhas” da nova geração do rock nacional, esqueceu a chuva fina que insistia em molhar a arena. Em um dos poucos momentos de interação com a plateia, a cantora e tecladista Cris Botarelli agradeceu e confessou que a banda estava muito nervosa. Em “Dino Vs. Dino”, uma das canções mais celebradas do repertório, a vocalista Emmily Barreto revelou sua felicidade em estar de volta ao Porão, onde tocou antes em 2014. “Monochrome” e um bis de “Thievery” foram escolhidas para encerrar a apresentação “rocker” vigorosa, repleta de sintetizadores e com muita “good vibe”.

Trampa - Gerdan Wesley (89) copyTal qual a um trem desgovernado, a brasiliense Trampa “invadiu” o Chilli Beans às 22h30 praticamente transformando-o em uma extensão do Brasília Tattoo Festival, o palco reservado ao som pesado. O novo álbum, “Viva la evolución!”, serviu de base contribuindo com cinco das 10 canções apresentadas. O vocalista André Noblat convidou Thiago Freitas, da também brasiliense Etno, para cantarem “Farda”. Em “Piedade” fez a plateia entoar o icônico grito dos Ramones, “Hey! Ho! Let’s Go!”. E aproveitou para divulgar a revista “Traços”, projeto social que mostra a cultura da cidade e dá dignidade aos moradores de rua, responsáveis pela venda da publicação. Durante “Cidade”, Noblat criticou a lei do silêncio. E na pesada versão de “Haiti” (Caetano Veloso e Gilberto Gil) lembrou que os juízes anularam as sentenças do Carandiru e classificou a justiça brasileira como “elitista” e “racista”.

Ira! - Gerdan Wesley (78) copy“Boa noite, Brasília! Esse é o Porão do Rock?”. Foi desta forma que o vocalista Nasi deu início, às 23h55, à primeira parte do show do Ira! atacando com a clássica “Rubro Zorro”. Após “Eu Quero Sempre Mais”, ele revelou estar muito feliz por estar finalmente no “eterno Porão do Rock”. Após uma avalanche de hits, a banda paulista deu início à segunda parte da apresentação comemorando os 30 anos de lançamento do segundo álbum, “Vivendo e Não Aprendendo”, tocado na íntegra. Perto do fim, vieram “Gritos Na Multidão” e uma adaptação de “Pobre Paulista”, que virou “Pobre Brasília”. Para encerrar, a clássica “Núcleo Base” com o grito de “Fora Temer!”.

Almirante Shiva - Gerdan Wesley (4) copyBuscando espantar o cansaço do público, a brasiliense Almirante Shiva apostou em uma apresentação enérgica. O power trio apresentou um set baseado em seus dois EPs. O rock psicodélico, altamente influenciado por bandas dos anos 1970, conseguiu prender a atenção da galera, meio dispersa à espera dos cariocas do Planet Hemp. A banda passou com louvor no teste ao apresentar seis canções credenciando-se para vôos mais altos na carreira.

Os mascarados brasilienses Os Gatunos entraram pontualmente às 16h trazendo a brisa da surf music. Brincando com o público, o grupo logo chamou um naipe de metais que os acompanhou até a penúltima música. “Apesar da chuva, essa é a banda mais ensolarada do Festival”, disse o guitarrista Fabrício Paçoca ao se despedir sob fina garoa.

Nafandus - Gerdan Wesley (65) cópiaVencedora da seletiva realizada em Fortaleza, a Nafandus entrou às 17h fazendo barulho e preenchendo o palco com guitarras sujas e o timbre escuro da vocalista Claudine, que reforçou a importância de representar o Ceará e poder misturar suas raízes nordestinas ao rock. A terceira música começou com a primeira estrofe de “Lamento Sertanejo”, seguindo com a marcação pesada e as letras em inglês. Finalizaram com “Unbreakable”, música nova do álbum homônimo, que será lançado ainda este ano.

Supla - Gerdan Wesley (23) cópiaÀs 18h05 foi a vez do Supla. O “Charada brasileiro”, o “Papito”, o “Billy Idol cover” faz de seus shows um mix de sarcasmo e apelação sexual. Em 45 minutos, o midiático cantor paulista apresentou um set em que comemora os 30 anos de carreira com certa dose de “picaretagem”, incluindo Ramones (“Pet Sematary”), David Bowie (“Heroes”), John Lennon (“Imagine”, numa levada roqueira) e até uma “versão” (?) em português da esquecida banda oitentista A Flock of Seagulls – “I ran (so far away)” – com o título “Cenas de ciúmes”. Ainda teve tempo para mostrar seu novo single, a pop “Amor entre dois diferentes”, com a participação da cantora Isa Salles. Num momento “político”, o filho do petista Eduardo Suplicy e da neo peemedebista Marta Suplicy pregou que as pessoas “devem se unir mais, sem partidos”. E disparou “Humanos”, clássico da primeira banda, o Tokyo, emendando com a indefectível “Garota de Berlim”. Demonstrando ótima forma, o já cinquentão cantor ainda desceu do palco e subiu na grade colada à pista para delírio dos que estavam no “gargarejo”.

Passo Largo - Lyanna Soares (5) cópiaO trio instrumental brasiliense Passo Largo entrou às 20h para mostrar todo o seu virtuosismo, misturando diversos ritmos e envolvendo o público. Na pausa para apresentar a banda, o baixista Vavá Afiouni logo falou do álbum lançado este ano, “Férias em Nibiru”. Com nuances de filmes de Tarantino, a banda finalizou com “Shokabillis”.

Nação Zumbi - Gerdan Wesley (54) copyComemorando 20 anos do álbum “Afrociberdelia”, a pernambucana Nação Zumbi entrou no palco às 21h25 sob fortes aplausos, prometendo um show do CD na íntegra e dando um “salve” ao saudoso Chico Science. O vocalista Jorge Du Peixe seguiu para a percussão, enquanto o guitarrista Lúcio Maia fazia um solo virtuoso. A banda seguiu com “Macô”, acompanhada em coro pela plateia, e continuou com “Samba de Lado” e “Maracatu Atômico”. A apresentação ficou mais contemplativa até as alfaias, ao fundo do palco, trazerem o ritmo de “Manguetown”. Foi quando começou a “afrociberdelia”, termo usado pela banda para indicar o ápice da festa. Finalizaram com “Amor de Muito”, música que tocaram poucas vezes ao vivo, e “Samidarish”.

Boogarins - Gerdan Wesley (43) copyÀs 23h05, assim que a goiana Boogarins tocou os primeiros acordes de guitarra, contou com o apoio do público, que seguiu cantando os versos de “Infinu”. Houve um pequeno contratempo no baixo, que deu oportunidade para uma improvisação psicodélica. A banda seguiu com uma versão de “Cai Cai Balão” e continuou trazendo referências de Tame Impala e Pink Floyd. A voz de Fernando “Dinho” Almeida e a bateria de Ynaiã Benthroldo entrelaçaram ainda mais o clima lisérgico. E o trio finalizou com muitas repetições de melodia, efeitos sujos e um jogo de luzes incrível.

Darshan - Gerdan Wesley (26) copyA brasiliense Darshan subiu a 1h de domingo com guitarras distorcidas, bateria pesada e vocais que alternavam entre o melódico e o visceral. No repertório, músicas inéditas com letras intimistas e som com referências de Soundgarden e Queens of the Stone Age. A apresentação chegou ao fim com a força das músicas “O Rejeito” e “Descontrole”, que compõem o primeiro álbum, “Descontrole” (2013), com muita microfonia provocada propositalmente.

Planet Hemp - Gerdan Wesley (76) copyEram 2h10 quando uma das atrações mais esperadas do Porão do Rock 2016 entrou em cena. A carioca Planet Hemp começou com riffs de guitarra, projeções com folhas de cannabis e com o vocalista Marcelo D2 provocando: “Avisa lá, a ex-quadrilha da fumaça. Avisa lá”. O público vibrou e seguiu fazendo coro em “Dig Dig Dig” e nos hits seguintes do repertório. Antes de começar “Mary Jane”, D2 apontou para as “rodas punks” e instigou: “Tira as crianças da sala!”. O show continuou com “Procedência CD” e “Ex-quadrilha da Fumaça”. “A apatia é grande. A crise é intensa. Sempre fiz música de mudança”, discursou BNegão, dando seu apoio a todos que que estão lutando e tentando levar o país para frente. Na reta final, o grupo mandou “A Culpa é de Quem” e “Samba Makossa”, tocada em homenagem a Chico Science & Nação Zumbi. D2 também lembrou a perda do amigo Chorão (Charlie Brown Jr.) e cantou, para encerrar, “Mantenha o Respeito”.

Às 15h30, a brasiliense Peso Morto abriu as atividades da ala pesada do festival ainda com poucas pessoas na arena e dez minutos antes do esperado. Em quase 30 minutos de show, a banda executou um thrash metal rápido e consistente que garantiu sua classificação ao Porão do Rock na terceira e última seletiva realizada este ano. Logo em seguida, debaixo de uma garoa fina, a Quilombo, campeã da Seletiva Sobradinho, subiu com uma introdução que aqueceu para a apresentação furiosa, bastante influenciada por estilos como o hardcore e o crossover, de riffs marcantes e letras com alto teor de crítica social, com destaques para as músicas “Macaco” e “Celebrai”. Em “Pedras”, o vocalista Diogo disparou: “Quem não votou, nunca vote!”.

Zumbis do Espaço - Lyanna Soares (1) cópiaAinda com 10 minutos de antecedência, o palco pesado seguiu com a vencedora da última Seletiva DF, As Verdades de Anabela. Os caras do Gama já começaram com a força e a porrada que o público debruçado nas grades de contenção esperavam. A essa altura, a arena já contava com headbangers e cabeludos que entoavam as letras das músicas. Único momento “desconfortável” veio na fala de Victor, que dedicou uma das músicas “às vagabundas que existem por aí” – no que foi respondido por um grito da plateia: “Falou aí, machista!”. Diretamente de São Paulo, a veterana Zumbis do Espaço estreou no Porão passeando por um repertório em que mescla canções do mais recente CD “Em uma Missão de Satanás” com as mais antigas. “Mato por prazer”, quinta música do set, pôs fogo à rodinha punk que começava a se abrir. Mas foi em “A Marca dos Três Noves Invertidos”, lançada em 2002, que o pogo ficou intenso. Em “Vampira”, o gigante vocalista Tor (foto) fez questão de dedicar às mulheres presentes. “O Mal nunca morre” fechou a apresentação com muito terror e energia.

Os Til - Lyanna Soares (21) cópiaA brasiliense Os Til, liderada pelo vocalista Telo (foto, ex-Filhos de Mengele e ex-parceiro dos Raimundos), uniu bom humor, tradição e um som de qualidade para manter os headbangers em movimento na arena. O show começou no horário exato (18h40) e seguiu em energia extrema pelos 30 minutos seguintes. Entre as surpresas, a presença do icônico baterista Fred Castro, que deu mais peso ao cover de “Palhas do coqueiro” (Raimundos) finalizando a apresentação. Para os que foram ao Porão do Rock atrás de música extrema, a Vodoopriest saciou a vontade com sobras. Liderada pelo vocalista Vitor Rodrigues, que por 11 anos fez parte do Torture Squad, a banda paulista começou com “Dominate and Kill” e “Religion in Flames” sem dar chances para a plateia respirar. Com qualidade técnica e sonoridade brutal, manteve o ritmo em “Aftermath” e “Mandu”, faixa-título do álbum de 2014. Fecharam com “Reborn” e “Juggernaut”.

Hibria - Alessandro Dantas (122) copyO vocal feminino nada doce de Susane Hécate trouxe pela primeira vez ao Porão a brasiliense Miasthenia, que chegou representando o lado mais obscuro do som pesado, o black metal. “Vida longa ao metal extremo e ao rock nacional”, bradou a vocalista em meio ao sinistro clima de energia pagã, após apresentar um repertório de apenas cinco músicas, com destaques para “13 Ahau Katun” e “Entronizados na morte”. Às 21h20 foi a vez da gaúcha Hibria (foto), que mostrou uma verdadeira “sinfonia do metal” com absurda qualidade técnica em músicas como “Silent Rage”, “Steel Lord on Wheels”, “Blinded by Faith”, “Leading Lady”> – quando o vocalista Iuri Sansson desceu do palco e subiu a grade para cantar com a galera – e “Tiger Punch”, cantada em coro.

Oitão - Gerdan Wesley (89) copyEm seguida, o som raivoso e maduro da paulistana Oitão chegou para abalar. O “hardcore metaleiro” fez o público levantar punhos, bater cabeça e sacudir as grades de contenção. O clima de fúria inundou a arena. Ao anunciar “Tiro na rótula”, o vocalista – e master chef – Henrique Fogaça explicou o motivo da letra: ele presenciou seis tiros dados no joelho de um sujeito por um policial à paisana após uma discussão “acalorada”. No set final, a banda convidou Túlio, vocalista da brasiliense DFC, para versão de um dos clássicos do rock da cidade: “Molecada 666″. Fogaça ainda vestiu uma sinistra máscara de rosto deformado antes de fechar o set.

Lost in Hate - Alessandro Dantas (109) copy“Um show para quem tem o que descarregar”. Assim o vocalista Thiago Monstrinho abriu a apresentação da Worst. O quarteto paulista manteve a linhagem hardcore iniciada pelo Oitão com um som cru e sem nenhuma firula, que enche de orgulho os fãs da vertente nova iorquina do gênero. Com a nada simpática “Que se Foda”, mostrou que agradar a todos não é o objetivo principal. “Quem está com sono, pode ir para casa”, avisou Monstrinho. “Vencedores”, a segunda música, enaltece as superações das pessoas. Destaques também para “Transbordando Ódio” e “Vícios”. Antes de começarem o show, já na madrugada de domingo, os caras da brasiliense Lost in Hate (foto) usaram máscaras sinistras e saudaram o público para, logo em seguida, dispararem o metalcore tão aguardado. O set foi executado com energia e fúria e de maneira quase ininterrupta. Após gravar DVD ao vivo em comemoração aos nove anos de existência, o grupo anunciou seu fim oficial durante a apresentação, que durou quase 40 minutos.

Project 46 - Alessandro Dantas (93) copyEncerrando as atividades do palco pesado, a paulista Project 46 fez o público agitar do começo ao fim. Iniciou com “Erro +55″ e fez a roda de pogo atingir um dos momentos mais intensos do festival. A banda apresentou músicas dos dois trabalhos – “Doa a a quem Doer”, de 2011, e “Faça feita a nossa vontade”, de 2014. Em “Caos Renomeado”, o que já estava caótico ficou maior. “Acorda pra vida” encerrou os trabalhos de forma sublime, deixando os headbangers, do mais antigo ao mais novato, satisfeitos com a qualidade da cena nacional.

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