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Maskavo Roots, 20 anos depois…

Foto Divulgação Maskavo Roots 20 Anos_Espelho

Por Marcos Pinheiro

Quando surgiu a notícia, ainda em fevereiro, sobre a reunião da formação original do Maskavo Roots, eu não só comemorei (muito!), como saí espalhando a novidade aos mais chegados. Mas logo tomei um susto: a data seria 28 de março, dia de Lollapalooza em São Paulo. Lamentei, claro, pois já estava com ingressos e passagens compradas e perderia o show histórico em Brasília. Dificuldades de agenda dos músicos, porém, acabaram cancelando o encontro. Felizmente, foi apenas um adiamento.

Flyer MaskavoEis que o dia chegou. Hoje (30/5), a partir das 22h, no salão social da Asbac (Setor de Clubes Sul), o simpático septeto – Marcelo “Salsicha” Vourakis e Joana Lewis (vozes), Pinduca e Prata (guitarras), Marrara (baixo), Txotxa (bateria) e Quim (teclados) – finalmente volta a subir ao palco, agora comemorando os 20 anos de lançamento do homônimo CD de estreia, que saiu em 1995 pelo selo Banguela Records – aquele também responsável pelos primeiros álbuns das brasilienses Raimundos, Little Quail and the Mad Birds e Pravda, da pernambucana Mundo Livre S.A. e da gaúcha Graforréia Xilarmônica.

Bacana é que não só o local de hoje é o mesmo do lançamento original, em março de 1995, como também os produtores do show (Bronx Produções e Paulinho Madrugada) e a banda de abertura, os irreverentes Os Wallaces e seus “clássicos” do cancioneiro brega. Mais revival, impossível! Os ingressos, a R$ 50 (valor único), ainda podem ser comprados nas lojas Koni (201 Norte, 209 Sul, 101 Sudoeste e Avenida Araucárias, 855, Águas Claras) ou na bilheteria. Ainda vai rolar discotecagem com Nego Moita e com o próprio Marcelo Vourakis. A se basear pela procura nas promoções e no evento criado no Facebook (https://www.facebook.com/events/423475657821676), o salão – onde cabem até duas mil pessoas – vai “bombar” muito: já são mais de quatro mil “confirmados”!

Maskavo_Roots_20_anos_1995_crédito da foto José Maria PalmieriPara quem não conhece, o Maskavo Roots fazia uma gostosa mistura de ska, reggae, rock e pop . Foi um dos grandes destaques da geração 1990 de Brasília não só pelas letras bem sacadas e shows festivos, como pela projeção nacional que conseguiu a partir da chancela de uma ainda efervescente MTV Brasil. Com essa formação completa, de sete integrantes, tocou entre 1992 e 1996, gravou apenas o citado disco de estreia e teve três videoclipes na emissora musical – Tempestade, Besta Mole e Escotilha.

Problemas com o empresário e desavenças internas, no entanto, minaram o iminente “estouro” do grupo. Pinduca, Joana e Txotxa saíram e, como um quarteto (com Quim assumindo a bateria), lançaram um EP independente (Melodia que eu conheço, 1997) e mais um CD (Se não guenta, por que veio?, 1998, pela Sony Music). O segundo trabalho cheio também ganhou destaque com o hit Djorous e uma regravação de Tempestade – com a participação de Samuel Rosa, do Skank. Mas algo havia se perdido naquele caminho. Vourakis foi embora e o Maskavo Roots virou Maskavo, uma banda de reggae pop que se tornou sucesso nacional. Outro enfoque, outra história. Marrara e Quim ainda ficaram por mais um tempo, mas desde 2007 apenas o guitarrista Prata continua carregando a “marca”.

Maskavo ensaioVale lembrar que, em setembro de 2009, esse mesmo Maskavo Roots original tocou no Porão do Rock, num dia especial dedicado à história do rock de Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Na oportunidade, devido à minha eterna correria trabalhando no festival, mal consegui ver. Agora não somente poderei assistir, como será um show completo, com mais de 20 músicas, num repertório que terá todo o festejado disco de estreia, músicas que eles compuseram juntos e apenas o quarteto gravou (RSF, Homem não tem amiga, Melodia que eu conheço…), algumas inéditas – que ficaram em versão demo – e até um pequeno tributo a Bob Marley (lembrando os tempos de Cravo Rastafari, banda cover que deu origem ao Maskavo Roots, em 1992).

A outra boa notícia é que uma versão em vinil do disco Maskavo Roots será lançada em agosto pelo selo pernambucano Assustado Discos. E quem quiser curtir o som e a história da banda – e ainda concorrer a sorteio de ingressos, claro! -, basta sintonizar o Cult 22 Transamérica de hoje (29/5), das 21h às 22h, pela Transamérica FM (100,1Mhz). Ou a Rádio Cultura FM (100,9Mhz), amanhã, por volta das 15h, onde o disco de estreia será apresentado na íntegra com bate-papo ao vivo. Imperdível!

2 comentários sobre “Maskavo Roots, 20 anos depois…

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