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Um fim de semana no mundo geek

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Por Marcos Pinheiro
Fotos: Lyanna Soares

Geek, por definição, é uma “pessoa excêntrica e obcecada por tecnologia, jogos eletrônicos e/ou de tabuleiro, histórias em quadrinhos, livros, filmes, animes e séries em geral”. Diante disso, eu me enquadro apenas – e com boa vontade – nos quesitos filmes, séries (poucas e de vez em quando) e livros (que gostaria de ler bem mais). Enfim, definitivamente não sou um representante do gênero. Mas eis que no último fim de semana (22 a 24/5) fiz uma pequena imersão nesse universo ao visitar o Geek Prime Festival, que rolou no anel interno do Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

DSC_2831Mas, para eu ficar sabendo do evento, claro que o rock foi a “conexão”. Tudo começou com a divulgação no Facebook de um show do Matanza “no estádio”, dia 22 de maio. Achei estranho e fiquei na espera. Uma semana antes, na falta de mais informações na tal página criada, fui atrás do Paulo Henrique “Kbça”, dono da loja Abriu pro Rock, que já trouxe várias vezes a banda carioca ao Distrito Federal. Foi ele quem deu a dica do tal festival e o contato do produtor. Não consegui falar com o cara a princípio e, como jornalista, fiz um “trabalho de apuração” para montar um quebra-cabeças e tentar entender do que se tratava. A página do “evento Geek Prime” falava em “shows, palestras com atores, dubladores, cartunistas, apresentações de dança, teatro e cosplays, exposições de arte, jogos e quadrinhos, campeonatos de jogos eletrônicos, debates, oficinas, etc”, sem revelar qualquer atração. Para piorar, os links ali publicados não abriam.

Carlos Alberto (Hommer Simpson) A dois dias da abertura, descobri que também teriam shows do Pedra Letícia (GO) e de bandas com nome em japonês que tocam trilhas de videogames – ou seja… Só na sexta-feira, fiquei sabendo que a abertura seria da Dona Cislene – mas às 18h, horário impossível para mim (e para muitos!). No processo, “surgiram” outros nomes, como o dublador do Hommer Simpson (Carlos Alberto, simpaticíssimo), os comediantes Fábio Porchat (mega assediado, mas atendendo todos os fãs com muito carinho) e Antonio Tabet, do Porta dos Fundos (sou muito fã, confesso), o PC Siqueira (ex-MTV) e por aí vai. Achei finalmente a fanpage e o site oficial – o que só prova o quanto não sou geek. A coisa, então, ficou interessante e resolvi dar uma volta por lá ao lado da parceira e fotógrafa Lyanna Soares.

Matanza Geek PrimeNa sexta-feira chegamos praticamente só para ver o quarteto do “gigante” Jimmy London (e sua enorme “juba” ruiva), que lançou há pouco mais de um mês o sétimo disco, Pior cenário possível – e estreou a nova formação com as entradas do guitarrista Victor Nogueira e do baixista Don Escobar. O show começou por volta da 0h45 e terminou 2h. Deu uma passeada por todo o repertório, com algumas novas, encerrando com Ela roubou meu caminhão e A Arte do Insulto. Divertido à sua maneira.

Tabet e PorchatNo sábado é que demos um “rolê” mais guerreiro. Chegamos cedo por causa da dupla Tabet-Porchat e ficamos por mais de cinco horas assistindo papos-palestras-exposições, visitando a feirinha com produtos diversos, dando uma curtida nos jogos eletrônicos, partidas de quadribol (sim, de Harry Potter eu entendo um pouco), lutas medievais e de RPG e, sobretudo, fotografando os vários “personagens” que ali desfilavam, o chamado “cosplay”, entre super heróis e vilões, com grande ênfase nos desenhos e animações japonesas. Aliás, a embaixada daquele país tinha a obrigação de patrocinar o festival, tamanha foi a exposição da cultura pop nipônica – J-Fashion, J-Music, etc. Confesso que fiquei encantado com a empolgação dos meninos e meninas dando ares as suas fantasias. Domingo foi só para uma passada rápida, de final. Ficamos menos de uma hora.

DSC_2924Apesar de desconhecer grande parte desse universo – e das falhas que notei na comunicação das atrações -, o Geek Prime foi uma surpresa muito positiva. O evento soube aproveitar bem a enorme área interna do estádio e foi grande sucesso de público – a organização calcula que quase 30 mil pessoas circularam ao longo do fim de semana, com ingressos que variavam (meia-entrada) de R$ 40 (por dia) a R$ 100 (passaporte para os três dias), com direito a um “combo VIP” a R$ 250. Que outros festivais desse porte rolem em Brasília. Quem sabe, num próximo, eu esteja mais geek.

Confira fotos do Matanza e palestras: link
Confira fotos dos cosplayers: link

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