Por Lyanna Soares
Rio de Janeiro - Para quem não conhece muito ou sequer ouviu falar, Lindsey Stirling é uma violinista, dançarina, cantora e compositora de 28 anos, 1,60m, nascida na Califórnia (EUA), com dois discos lançados, que impressiona e surpreende. Participou do programa America’s Got Talent em 2010, mas foi eliminada ainda nas quartas-de-final. Depois de sua performance na televisão, porém, foi convidada a gravar um vídeo no YouTube pelo diretor de fotografia Devin Graham – e, a partir daí, milhões de pessoas passaram a visualizar seus bem produzidos vídeos.
Lindsey esteve em turnê pela América do Sul e o Cult 22 foi até o Rio de Janeiro conferir a apresentação realizada em 11 de abril no Citibank Hall, localizado dentro de um shopping na Barra da Tijuca. A casa ficou bem cheia – algo entre cinco e seis mil pessoas – e o público teve que se acomodar nas cadeiras, o que foi difícil para os fãs mais ardorosos (na imensa maioria, jovens e adolescentes), que queriam dançar e pular ao som contagiante e envolvente. Não havia a presença de nenhum fotógrafo, pois a produção vetou a entrada de qualquer credenciado com câmera profissional. Sendo assim, tivemos que nos contentar com imagens feitas por celular e câmera amadora.
A primeira música foi Beyond the Veil, faixa que abre o segundo álbum, Shatter me, lançado em abril de 2014. Já desde o início, Lindsey impressionou o público com sua habilidade em dançar e tocar violino ao mesmo tempo. No fundo do palco uma enorme tela com projeções incríveis mudava a cada música. A apresentação seguiu com Mirror Haus (também do segundo álbum) e Eletric Daisy. Lindsey fez uma pausa para cumprimentar a plateia, disse “se sentir impressionada por estar pela primeira vez no Brasil” e “feliz por perceber que tem tantos amigos”. Na sequência, tocou Shadows, Senbonzakura e We are Giants, a última com participação (pelo telão) de Dia Frampton cantando uma letra bem encorajadora. Um fã jogou uma bandeira do Brasil e Lindsey acolheu e guardou. Mais emocionante ainda foi a presença, logo em seguida, de uma menina de 7 anos que entregou um violino à artista. Gentilmente, Lindsey pegou o instrumento e o autografou para delírio dos presentes. Em seguida, tocou uma música que explica porque tem tantos fãs adolescentes e “nerds”: a trilha sonora do famoso game The Legend of Zelda.
Transcendence e All of Me são os momentos mais calmos do show. A primeira foi apresentada em formato acústico. Na segunda, uma versão da música de John Legend, Lindsey pediu que o público acendesse isqueiros ou lanternas de celular para deixar o clima mais romântico. E ainda brincou dizendo que quem ainda não encontrou seu amor, poderia encontrar naquela noite. Para surpresa dos fãs que já conheciam o set list, deixou de lado Take Flight para apresentar algo que jamais havia tocado ao vivo: Elements. No videoclipe, ela apresenta os quatro elementos – terra, água, fogo e ar. Lindsey, então, saiu de cena. E no telão foi apresentado um divertido vídeo, com aproximadamente dois minutos, que mostra cenas de sua infância, traquinagens e momentos em que ela começou a mostrar seu talento para a música e a dança.
A artista então retornou ao palco e tocou Moon Trance. Em Roundtable Rival, brincou com o tecladista Jason Gaviati como se estivessem num duelo – e ao final da música, apontou o arco do violino contra ele como se estivesse matando e vencendo o duelo. O show seguiu com Master of Tides, Crystallize e Shatter Me – esta última, com a participação (também pelo telão) da vocalista do Halestorm, Lzzy Hale. Lindsey explicou ao público que a letra é uma autobiografia da superação que teve para seguir atrás de seus objetivos. No encerramento, Stars Align, com imagens incríveis de constelações passando no telão.
Não há palavras para explicar algo tão inovador e que poderia parecer impossível: a mistura do som clássico do violino com ritmos dançantes, alguns com influência celta. As coreografias de Lindsey Stirling deixam as pessoas perplexas e boquiabertas. Para entender melhor tudo isso, só vendo mesmo a qualidade impressionante de seus videoclipes e shows. Foi quase 1h30 de puro êxtase ao vivo.
Um comentário sobre “Muito prazer, Lindsey Stirling!”