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Guns em Brasília 2014: show bom e pontual, som péssimo!

Guns n´Roses 9

Fotos e vídeos: Octávio Schwenck Amorelli

Juro que vou escrever com toda a paciência do mundo sobre a volta do Guns n´Roses, ontem (25/3), ao Ginásio Nilson Nelson. Afinal, ninguém tem culpa que eu tenha visto os caras pela terceira vez em quatro anos – Brasília-2010, Rock in Rio-2011 e Brasília-2014. O show em si não teve (praticamente) nenhuma novidade: 2h45 dos mesmos efeitos pirotécnicos/explosões, projeções de vídeos, profusão (meio chata) de momentos solo, músicos competentes, Axl Rose se esforçando para cantar (e até demonstrando simpatia), ginásio lotado (11 mil pessoas, segundo a organização)… Basta ler o que publiquei aqui no blog há quatro anos que quase nada mudou.

Guns n´Roses 12O repertório também sofreu pouquíssimas mudanças. A se louvar, as inclusões de Estranged (que eles já vinham tocando pelo Brasil) e Civil War (“estreando” em Brasília). Além dos covers que fazem parte do repertório gravado oficialmente pela banda – Live and Let Die (Wings) e Knockin´ on Heaven´s Door (Bob Dylan) – rolaram inserts de Led Zeppelin (instrumental de Babe, I´m gonna leave you), Sex Pistols (Holidays in the sun) e The Who (The Seeker). Enfim, fora os clichês típicos, o espetáculo é muito bom para quem estava vendo pela primeira vez, mas soa requentado aos já iniciados.

A única graaande mudança se deu em relação ao horário. Não sei se havia multa contratual ou coisa do tipo, mas o Guns entrou no palco às 22h13, terminando por volta da 1h. Para os “padrões Axl Rose”, podemos dizer que o show foi bastante pontual. A Plebe Rude – que eu gostaria de ter visto, mas não tive como chegar a tempo por causa do programa Cult 22 Transamérica -, começou pouco depois das 20h30, como tínhamos avisado ontem. Logo, a espera foi pequena. Que bom!

Guns n´Roses 4Tudo estaria ok, dentro dos padrões, se não fosse o Ginásio Nilson Nelson. Claro que todos sabemos o quanto a acústica de lá é ruim geralmente. Mas eu tinha uma teoria que foi derrubada. Para mim, quando o espaço estivesse lotado, a equalização fluiria melhor, teria menos reverberação no teto e nas estruturas metálicas. Além do mais, as novas tecnologias e equipamentos poderiam driblar essas deficiências. Enfim, não entendo de engenharia de som, mas estava sendo assim nos shows mais cheios. Ontem, para mim, foi um desastre. Estava na pista Premium e o que eu consegui ouvir na maioria das vezes foi uma “maçaroca”, onde mal se distinguia bateria, baixo e guitarras. A voz do Axl se embolava no meio de tudo. As músicas pareciam sem peso, perdiam o impacto, só as explosões causavam mais sensação – e alguns sustos aos desavisados. Não adianta alguém dizer que “onde eu estava, o som estava perfeito”. Tem que estar para todos os presentes, da arquibancada à área VIP. O que diferencia os valores dos ingressos – que variavam de R$ 120 a R$ 380, a meia-entrada – não pode ser a qualidade de som, apenas a distância para o palco. E eu estava próximo dele, logo…

Enfim, aí vamos cair na velha discussão da falta de casas e/ou espaços adequados para shows de grande porte em Brasília, os eternos improvisos em tendas, salões, clubes e ginásios, a existência de um estádio monumental – mas que não tem como ser utilizado regularmente (custo caro + carência de atrações compatíveis com um local para 70 mil pessoas) e blá blá blá… Uma pena, pois o grandiloquente show do Guns poderia ter sido inesquecível para quem estava lá pela primeira vez. Ou mais agradável aos que já tinham visto antes.

Confira mais fotos do show: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.613777535380153.1073741829.409088692515706&type=1

Guns n´Roses 3

Set list em Brasília:
. Chinese Democracy
. Welcome to the Jungle
. It’s So Easy
. Mr. Brownstone
. Estranged
. Better
. Rocket Queen
. Shackler’s Revenge

Solo de guitarra de Richard Fortus
. Live and Let Die (Wings)
. This I Love
. Holidays in the sun
(Sex Pistols, cantada pelo baixista Tommy Stinson)
“Happy birthday” para o baterista Frank Ferrer
Solo de piano de Dizzy Reed
. Catcher in the Rye
. You Could Be Mine

Solo de guitarra de DJ Ashba
. Sweet Child O’ Mine
. Babe I´m gonna leave you
(Led Zeppelin) / November Rain
. Abnormal
(cantada pelo guitarrista Ron ‘Bumblefoot’ Thal)
. Don’t Cry
. Civil War
. Knockin’ on Heaven’s Door
(Bob Dylan)
Jam DJ Ashba e Richard Fortus
. Nightrain
Bis
Jam Richard Fortus e Bumblefoot
. Patience
. The Seeker
(The Who)
. Paradise City

Vídeos curtos pra sentirem como foi…

3 comentários sobre “Guns em Brasília 2014: show bom e pontual, som péssimo!

  1. Para quem viu a primeira vez, pelo que ouvi, foi muito legal. Tecnicamente, a banda é até melhor que a original. E que ninguém diga que ele só tocam as músicas velhas. Lembro que o AC/DC na turnê do Stiff Upper Lip só tcava uma musica (a titulo) do álbum. Banda velha tem que tocar é musica velha mesmo!!1

    Sobre o som… não tem o que fazer, ne? Enquanto não tivermos uma verdadeira casa de shows, vamos ficar reféns de um ginásio embolado ou de um superestádio vazio.

    Cordialmente.

  2. eu achei o axl está bem melhor que em 2010. tá mais disposto, mais magro, dançou bonitinho e até correu. a banda tá mais pesada e mais divertida. acho que falou um pouco mais de interação do vocalista com o público. a acústica do nilson nelson pra quem ficou na arquibancada tava péssima. e os banheiros lamentáveis. se vai cobrar ingresso caro, dá pelo menos um banheiro decente. e destaque para o baixista tommy “johnny rotten” stinson que deu show.

  3. Realmente o som não estava bom, fui de VIP e fiquei praticamente embaixo do retorno do Axl, som muito embolado mesmo.
    Mas o repertório foi legal e dos quatro shows dos caras que já vi (Rock In Rio 2001, Brasília 2010, Rock In Rio 2011 e Brasília 2014) ganhei “Civil War”, “Don’t Cry e “Catcher In The Rye” de “novidades”… tá ótimo!!!

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