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Produção 10 x 5 Público

A produção do Festival Torneira Mecânica está de parabéns! O evento realizado no último sábado (13/9), no Arena Futebol Clube, foi um exemplo de profissionalismo. A divulgação foi maciça (não agüentava mais receber tantos flyers virtuais todos os dias), a estrutura de som e palco estava impecável (com direito a uma ótima tenda paralela com DJs) e o camarim montado para bandas e produção deu de goleada em muito show grande por aí.

E o mais importante: os horários foram respeitados! O festival começou por volta das 21h25, menos de meia hora de atraso em relação ao horário inicialmente previsto – o que, em se tratando de Brasília, é uma grande vitória. Pena que o público, mais uma vez, não respeitou (ou acreditou) nisso e chegou tarde. Até meia-noite, a pista em frente ao palco abrigava uma audiência ainda acanhada.

Assim, Goballa (power pop com pitadas de ska), High High Suicides (rock garageiro ao estilo de bandas goianas como MQN e Bang Bang Babies, que tocou uma versão para Feel in love with a girl, do White Stripes) e a indie Watson se apresentaram para poucas pessoas. Com a ausência do The Pro (problemas de saúde impediram o grupo de tocar), o Etno (e sua mistura de rock pesado com elementos do hip hop e música brasileira) entrou mais cedo e começou a desfrutar de maior público.

Melhor para o duo electro-rock Lucy and the Popsonics, que aproveitou para apresentar uma música nova e versões inusitadas para Sepultura e Mudhoney. Com a “casa cheia”, o ska-rock do Bois de Gerião levantou a galera com um repertório praticamente todo baseado no segundo disco, Nunca mais monotonia, de 2006.

Eram quase 2h20 da manhã, quando o gaúcho, radicado em São Paulo, Wander Wildner subiu ao palco acompanhado, entre outros, pelo “lendário” guitarrista-jornalista-radialista Jimi Joe. Confesso que não sou lá tão fã do bardo, preferia sua banda original, Os Replicantes. Mas não há como negar que o cara é uma figuraça, com sua voz e letras bêbadas, um misto de Tom Waits e Johnny Cash com (sei lá!) Wando! E o que não faltavam, na platéia, eram “tietes”. Entre eles, integrantes de diversos grupos da cidade, como Innocent Kids, Terror Revolucionário, Death Slam, Dínamo Z, Super Stereo Surf, Sapatos Bicolores e Prot(o), além de alguns dos próprios músicos que participaram do festival. E o ponto alto ficou por conta justamente de um fã, que invadiu o palco para cantar “solo” o hino Hippie, punk, rajneesh. Neste momento, Wander ficou lá no fundo tocando apenas sua guitarra e deixando o cara conquistar seus “15 minutos de fama”.

O show terminou às 3h40, mas a festa continuou na tenda comandada pelos DJs Barata e Pezão, do projeto Criolina. A produção estima que entre 500 e 600 pessoas tenham circulado pelo local. Razoável para a média dos shows alternativos que têm rolado pela cidade. Mas pouco para o que foi feito em termos de divulgação e estrutura.

2 comentários sobre “Produção 10 x 5 Público

  1. Parábens Marcos pelo enorme apoio e divulgação! O Cult 22 está de parabéns…Blog tá ducaralho… mantenham sempre essa força e vamos nos unir por uma brasília independente!

    Rock!

    Kalil

  2. É sempre mais fácil culpar o público do que reconhecer os próprios erros. Primeiro, também recebi uma enxurrada de spams e esse foi justamente um dos motivos para eu não ir a esse evento, acredito que muita gente pense assim também.

    Continue culpando o público pelos seus fracasso, boçal

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