Confesso que não acompanho de perto essas questões políticas e de financiamentos de festivais independentes ou coisas do tipo. Nem sei se nossos leitores têm interesse nisso. Mas vejo muita gente envolvida, inclusive jornalistas e produtores amigos, e decidi reproduzir esta notícia que circulou hoje em alguns blogs e sites: a Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin), que já vinha perdendo força nos últimos meses, praticamente “implodiu”.
Mais 13 festivais decidiram deixar a entidade: El Mapa de Todos (Brasília/Porto Alegre), Goiânia Noise, Rec Beat (Recife), Psycho Carnival (Curitiba), Abril Pro Rock (Recife), PMW (Palmas), Casarão (Porto Velho), Demosul (Londrina), Campeonato Mineiro de Surf (Belo Horizonte), Gig Rock (Porto Alegre), 53 HC (Belo Horizonte) e Tendencies Rock (Palmas). Em agosto, Porão do Rock (Brasília), Mada (Natal) e Eletronika (Belo Horizonte) já haviam saído.
Dos eventos que fundaram a Abrafin, em 2005, só restaram três. De acordo com o blog Rock em Geral, do jornalista carioca Marcos Bragatto, a principal queixa é de que a entidade, agora presidida por Talles Lopes, oriundo do Movimento Fora do Eixo, teria sido “politicamente cooptada” pelo modus operandi da organização da qual ele faz parte.
Recentemente, o Fora do Eixo tem sido questionado em redes sociais pela defesa do não-pagamento de cachês aos artistas nos eventos que organiza, mesmo aqueles que têm patrocínio de grandes empresas. Talles disse que a Abrafin “não tem condições de intervir na dinâmica de trabalho dos filiados”. Esvaziada com a saída dos festivais mais representativos, a entidade, que tinha como principal objetivo promover e fortalecer o intercâmbio entre a cena independente de todo o país, agora tem futuro incerto.
Está feito o registro…
excelente! agora só falta a Fora do Eixo afundar junto. Farinhas do mesmo saco…
Eitah hein, briga de cachorro grande! Difícil analisar quem tá mais certo, quem tá mais errado…
Cômico. O mais engraçado é que tem neguinho aí que era da chapa do atual presidente da Abrafin, um dos maiores entusiastas desse modelo “colaborativo” pendurado nas tetas do Estado. E, de repente, pluft! Ninguém nunca teve nada a ver com isso. Uma das justificativas é hilária: “…Estabelecer um grupo único e excludente de artistas que são sempre os mesmos a circular artificialmente por todos os festivais é atentar contra a própria razão de ser da ABRAFIN…”
Como assim, caras-pálidas? Isso acontece desde o início disso tudo…. Demoraram 10 anos pra perceber???? Ah, contem outra….
É, amigos, como dizia minha vó, filho feio não tem pai….
Eu, hein…