Por Marcos Pinheiro
Neste sábado (8/4) no estacionamento do Estádio Mané Garrincha – a agora Arena BRB -, em Brasília, seis veteranos e badalados nomes do pop/rock nacional vão se reunir para a primeira edição do Festival Rock Popular Brasileiro (RPB). A partir das 17h, pela ordem, tocam Biquini, Humberto Gessinger, Frejat, Pitty, Marcelo Falcão (ex-vocalista d’O Rappa) e Marcão Britto + Thiago Castanho (celebrando os 30 anos do Charlie Brown Jr). O encerramento ficará por conta da banda brasiliense Rock Beats tocando versões de rock nacional. Os ingressos, a R$ 230 (camarote) e R$ 150 (frente palco) – valores de meia-entrada -, estão à venda pelo site Furando a Fila ou nas lojas Óticas Diniz e Lig Celular. Importante: a meia-entrada é válida para todos os doadores de 1kg de alimento não perecível e para os enquadrados na lei.
O evento, organizado pela galera dos festivais Porão do Rock e Capital Moto Week e das produtoras Flap e AC Eventos, tem início às 16h e promete mais de 10 horas de agito numa arena com 30 mil m². Paralelamente aos shows haverá área esportiva (com tirolesa e bungee jump), exposições de carros antigos e clássicos, espaço infantil (com brinquedos infláveis e iniciação musical) e praça de alimentação com seis marcas conhecidas da gastronomia brasiliense.
A carioca Biquini Cavadão – ou agora somente Biquini – está na estrada desde 1985 e mantém, após 38 anos, quatro dos cinco integrantes originais: Bruno Gouveia (voz), Carlos Coelho (guitarra e backing vocal), Miguel Flores (teclados e backing vocal) e Álvaro Birita (bateria). Ao vivo, conta com os reforços de Marcelo Magal (baixo) e Walmer Carvalho (sax, flauta e percussão). São 13 discos de estúdio – o mais recente, “Através do Tempo”, é de 2021 – e quatro ao vivo. E inúmeros sucessos: “Dani”, “Vento Ventania”, “Tédio”, “Timidez”, “Janaína”, “Zé Ninguém”, “Impossível”, “Múmias”, a versão de “Chove Chuva” (Jorge Ben) e muito mais!
Após se projetar à frente do trio Engenheiros do Hawaii, com quem gravou 11 discos de estúdio e cinco ao vivo entre 1986 e 2007, o gaúcho Humberto Gessinger iniciou a carreira solo em 1996 assinando como Humberto Gessinger Trio. E depois lançou mais dois álbuns apenas com seu nome. O mais recente, “Não Vejo a Hora”, é de 2019. Em seus shows não costumam faltar “hits” da antiga banda: “Infinita Highway”, “A Revolta dos Dândis I”, “Somos Quem Podemos Ser”, “Refrão de Bolero”, “Pra Ser Sincero”, “Terra de Gigantes”, “Toda Forma de Poder”…
Assim como a atração anterior do Festival RPB, o carioca Roberto Frejat – ou simplesmente Frejat – emergiu de uma banda fundamental do rock brasileiro oitentista, o Barão Vermelho. Guitarrista e principal parceiro musical de Cazuza nos primeiros anos, entre 1981 e 1986, virou o frontman do grupo, com quem gravou 12 álbuns de estúdio e seis ao vivo até 2004. Em 2017 oficializou a sua saída. Paralelamente, em 2001 começou a carreira solo, que rendeu até aqui cinco discos, o mais recente, “Ao Redor do Precipício”, de 2020. Seu set list mescla sucessos solo – “Homem Não Chora”, “Amor Pra Recomeçar”, “Segredos” – com muitas coisas do Barão – “Bete Balanço”, “Maior Abandonado”, “Pense e Dance”, “Puro Êxtase”, “Por Você” – e homenagens a Cazuza – “Ideologia”, “Codinome Beija-Flor”…
Após iniciar como cantora na banda de hardcore Inkoma, a baiana Pitty, a mais jovem dessa “turma”, está celebrando os 20 anos de lançamento do disco solo de estreia, “Admirável Chip Novo” (2003), que permeia a maior parte dos shows da atual temporada. Assim, músicas como “Teto de Vidro”, “Admirável Chip Novo”, “Máscara”, “Equalize” e “Semana que Vem” são presenças certas. Mas também há espaço para sucessos dos quatro outros discos lançados, tais como “Setevidas”, “Memórias”, “Na Sua Estante” e “Me Adora”. Do mais recente, “Matriz”, de 2019, não deve rolar nada.
O carioca Marcelo Falcão tem apenas um álbum solo, “Viver (Mais Leve que o Ar)”, de 2019. Logo, seu repertório é basicamente calcado em sua carreira como líder d’O Rappa, com quem gravou seis discos de estúdio, entre 1994 e 2013. Então, podem se preparar para entoar velhos “hinos” da banda, como “Minha Alma”, “Pescador de Ilusões”, “Reza Vela”, “Me Deixa”, “Lado B Lado A”, “Rodo Cotidiano” e a conhecida versão de “Vapor Barato”, composição de Jards Macalé e Waly Salomão famosa na voz de Gal Costa.
Já os guitarristas paulistas Marcão Britto e Thiago Castanho decidiram, desde o ano passado, celebrar os 30 anos de criação do Charlie Brown Jr. Na ausência do vocalista Chorão e do baixista Champignon, ambos mortos em 2013, eles se uniram aos músicos Heitor Gomes (baixo), Bruno Graveto e Pinguim Ruas (bateristas) e ao vocalista Egypcio (do Tihuana) para resgatar o legado da banda, formada em 1992 na cidade de Santos (SP) e que deixou 10 álbuns, incluindo o póstumo “La Familia 013″ (2013). O repertório costuma ser extenso, mas deve ser reduzido para o festival. Devem rolar “Tudo Que Ela Gosta de Escutar”, “Te Levar”, “Zóio de Lula”, “Céu Azul”, “Hoje Eu Acordei Feliz”, “Lutar Pelo Que é Meu”, “Dias de Luta, Dias de Glória”, “Só os Loucos Sabem”, “Ela Vai Voltar” e “Proibida pra Mim”.
FESTIVAL ROCK POPULAR BRASILEIRO (RPB)
Sábado, dia 8 de abril, a partir das 16h, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha/Arena BRB
Shows com Biquini, Humberto Gessinger, Frejat, Pitty, Marcelo Falcão, Charlie Brown Jr. 30 Anos e Rock Beats
Ingressos (meia-entrada): R$ 230 (camarote) e R$ 150 (frente palco) à venda pelo site Furando a Fila ou nas lojas Óticas Diniz e Lig Celular
Classificação: 16 anos
Mais informações: www.instagram.com/festivalrpb
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