Ragnar Paz, que trabalha ao lado do DJ Gonzalo Insônia na produção da festa semanal Play!, esteve em São Paulo e gentilmente nos redigiu sua impressões sobre o show da banda inglesa Placebo realizado no último sábado (17/4), com direito a set list e belas fotos. Em breve também com vídeos.
Texto e fotos: Ragnar Paz
Impressionante como nós, brasilienses, não estamos acostumados a ser bem tratados para assistir um show ou um espetáculo, salvo alguns raros casos. Mesmo com problemas para chegar em São Paulo (voo cancelado na última hora, esperar mais de uma hora para entrar em outro avião), trânsito paulistano e outros problemas, consegui chegar no ótimo Credicard Hall um pouco antes das 22h (horário anunciado no ingresso). Não consegui nem comprar uma cerveja. A apresentação começou pontualmente com a música de introdução e o telão anunciava que era o show do Placebo – e não da Superdose, a banda de abertura que, eu confesso, estava bem curioso para ver.
Fiquei no fundo, o público era grande, mas não estava lotado, deu para ver e registrar perfeitamente tudo. A banda se apresentou impecável. Brian Molko (voz e guitarra) parecia estar muito feliz e falou várias vezes com o público. Stefan Olsdal, além de quase só tocar guitarra, ficou fazendo suas tradicionais performances na frente do palco. E o novato baterista Steve Forrest mostrou muita energia e competência nas baquetas. As atenções do set list eram praticamente totais às músicas do último disco, Battle For The Sun. Mas tinham vários clássicos de todas as fases da banda, espalhados na objetiva apresentação com 1h37 de duração. Aliás, acho que este foi o único ponto que deixou a desejar: o repertório não mudou em nada aos do Chile, Argentina e das outras capitais brasileiras (Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte).
No mais, foi tudo perfeito, inclusive a possibilidade de uma noite paulistana inteira pela frente. E fica a pergunta: quando teremos uma casa de espetáculos na capital com, no mínimo, metade da capacidade e da estrutura de um Credicard Hall?
Set list
For What It’s Worth
Ashtray Heart
Battle For The Sun
Soulmates
Speak In Tongues
Follow The Cops Back Home
Every You Every Me
Special Needs
Breathe Underwater
Julien
The Never-Ending Why
Bright Lights
Devil In The Details
Meds
Song To Say Goodbye
Special K
The Bitter End
Bis
Trigger Happy
Infra-red
Taste In Men
Eu também fui a São Paulo especialmente, porque amo muito Placebo, e eu achei 1h37 pouco tempo pra quem tanto amaaaa uma banda… fiquei com gosto de já não aguento esperar pela próxima vez. Brian Molko arrasou, aliás, ele sempre acaba comigo, meu coração chega a doer!!!! Como pode haver uma pessoa tão expressiva.