Cintia Azalini, nossa “correspondente” em São Paulo, desta vez encarou jornada dupla: no sábado passado (10/4), ela esteve em dois shows diferentes realizados em duas casas bem distantes entre si. No melhor espírito roqueiro, a moça não fugiu da raia e nos conta como foram as apresentações das bandas de heavy metal W.A.S.P. (EUA) e de metal sinfônico Epica (Holanda).
A primeira dúvida quando cheguei ao Santana Hall era se haveria mesmo o show. É que, no dia anterior, o W.A.S.P. tinha cancelado a apresentação em Curitiba – ouvi boatos de que o baterista Mike Dupke não aprovou tocar em um instrumento com cores diferentes para cada bumbo. O público estava concentrado na porta e nada de liberarem a entrada, nem mesmo o credenciamento da imprensa. Se foi erro da produção ou estrelismo do vocalista e guitarrista Blackie Lawless, eu não sei. Mas isso influenciou e afetou bastante meu trabalho.
A abertura da casa estava marcada para 17h e o show da banda californiana (na estrada desde 1982), segundo foi divulgado, seria “pontualmente” às 18h30 (era o que constava até no ingresso). A paciência foi acabando, começou a gritaria e corriam os boatos de cancelamento. Depois de quase duas horas de espera, os portões foram abertos por volta das 20h, com mais confusão e empurra-empurra.
Eis que, às 20h30, o W.A.S.P. – que ainda conta com Mike Duda (baixo) e Doug Blair (guitarra) – subiu ao palco, dentro da turnê mundial de seu 14º e mais recente álbum, Babylon (2009). Nas duas primeiras músicas o público já havia esquecido os problemas anteriores e estava se divertindo. O som estava bom, todos os instrumentos audíveis, apesar do costumeiro “forno” que é o Santana Hall. Mas, devido ao atraso, não pude conferir todo o show, pois tive que sair correndo para o outro lado da cidade, onde o Epica iria se apresentar.
Set list
Intro
On Your Knees / The Real Me
L.O.V.E. Machine
Crazy
Babylon’s Burning
Wild Child
Hellion / I Don’t Need No Doctor / Scream Until You Like It
Arena of Pleasure
Chainsaw Charlie (Murders in the New Morgue)
The Idol
I Wanna Be Somebody
Bis
Heaven’s Hung in Black
Blind in Texas
Saí do Santana Hall às 21h10 e cheguei ao Via Funchal já com o Epica tocando a segunda música. Ou seja, não consegui pegar minha credencial de imprensa – o que também ocorreu com vários outros jornalistas e fotógrafos – e minha cobertura ficou bastante comprometida.
Problemas a parte, a vocalista Simone Simons é linda e tem presença de palco (sempre batendo cabeça) e voz encantadoras, além dos cabelos ruivos que chamam a atenção de qualquer um. Ao seu lado, o guitarrista e vocalista Mark Jasen (ex-After Forever), com um gutural poderoso e muito bem colocado, fazia várias declarações de amor ao Brasil. Em certo momento usou, inclusive, uma camiseta da Seleção. A banda, formada em 2002, já tem seis discos cheios de estúdio e é completada por Yves Huts (baixo), Coen Janssen (teclado e piano), Isaac Delahaye (guitarra) e Ariën van Weesenbeek (bateria).
Adorei a versão para The Imperial March, o tema do Darth Vader no filme Star Wars (gravada pelo Epica em 2009 no album The Classical Conspiracy, ao vivo na Hungria, acompanhado por um grupo de 40 músicos e um coral de 30 integrantes). Outro momento marcante foi Cry for the Moon, do disco de estreia, The Phantom of Agony (2003), com todos cantando em uma só voz.
Lamento pelos que se programaram (igual a mim) para assistir os dois shows. As duas bandas têm suas particularidades, estilos completamente diferentes, mas com fãs que são fiéis.
Set list
Samadhi
Resign to Surrender
Sensorium
Unleashed
Martyr of the Free Word
Fools of Damnation
Imperial March
Seif Al Din
Cry for the Moon
Tides of Time
The Obsessive Devotion
Kingdom of Heaven
Bis
Sancta Terra
Quietus
Consign to Oblivion
Cintia arrasando denovo ;D tá ótimo!!!
Pow, essa daí é corajosa mesmo hein! Apesar de não gostar de nenhuma das duas bandas! música boa é sempre música boa, né? Parabens pra Cintia!!! Essa daí é uma banghead girl com certeza!