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Keane encanta público mineiro

Nosso “homem do metal”, Welbert Rabelo, mergulhou no mundo indie. O produtor e apresentador do quadro semanal Metal Attack, do Cult 22, esteve na quinta-feira passada (12/3), ao lado da esposa Kelly Moura, para conferir o show da banda inglesa Keane em Belo Horizonte. Confira a cobertura exclusiva dos dois para o nosso blog.

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Texto: Kelly Moura
Fotos: Welbert Rabelo

Foi a primeira vez que o Keane se apresentou em Belo Horizonte, no Chevrolet Hall, casa de shows com capacidade máxima de 5.500 pessoas, que recebeu em torno de três mil na noite da última quinta-feira (12/3). Assim como a banda inglesa, foi a primeira vez que estivemos em um show na capital mineira e conferimos de perto tanto a estrutura do local (coisa que ainda falta em Brasília) como a contagiante energia do público.

O Keane entrou no palco com The Lovers are Losing, música do terceiro e mais recente álbum Perfect Symmetry, lançado em 2008. Antes de emendarem com a clássica Everybody’s Changing, o vocalista Tom Chaplin disse em bom português: “Esqueçam seus problemas e aproveitem a noite”, mostrando que seus conhecimentos de língua portuguesa vão muito além do “obrigado” básico que todos dizem quando se apresentam pelo Brasil.

A partir deste momento nem precisa dizer que o público foi à loucura, ainda mais porque o Keane mandou outro hit certeiro, Bend and Break, emendando com Nothing In My Way. A platéia começou a entoar o coro “Olê Olê Olê Olêêêêê, Keaneeee Keaneeee” e a sapatear freneticamente no piso de madeira do Chevrolet Hall fazendo um barulho infernal. Uma reação que, aliás, se estenderia até o final do show.

keane_bh03fdsTom Chaplin ficou olhando aquilo meio que não acreditando: “Confesso que estou perdido aqui. Não sei o que dizer a não ser que voltarei a Belo Horizonte de novo!”. A alegria que se via nos rostos dos músicos era impressionante e a banda ficou mais agitada que o normal.

Em estúdio, o Keane – formado por Tom Chaplin (voz), Richard Hughes (bateria) e Tim Rice-Oxley (piano) – não tem guitarrista e nem baixista. Ao vivo, porém, além de um baixista convidado para a turnê, o próprio Tom Chaplin assume a guitarra, que serviu para injetar um pouco de energia na apresentação. De qualquer forma, como não podia ser diferente, o piano é o instrumento que regeu as quase duas horas de show.

Durante a apresentação, alguns momentos ficaram na memória: a atmosfera melancólica em Again and Again, ocasião em que os telões laterais mostraram uma espécie de diálogo virtual que termina com um “I love you”. O momento dançante ficou por conta da eletrônica Spiralling. Depois, um tom mais intimista, quando Tom Chaplin entrou para um número acústico, apenas de voz e violão, em Playing Along. A platéia ovacionou o vocalista e mandou mais um “sapateado no tablado”.

Ante a interação com os mineiros, Try Again foi a deixa para que uma bandeira do Brasil aparecesse no palco. No embalo, Chaplin disse que “este país é o coração do mundo”. Ainda em português, ele aproveitou para anunciar Perfect Symmetry: “Uma canção de protesto, uma música de paz”. Mais uma vez a platéia foi ao delírio. Assim, a primeira parte do show se encerrou com as clássicas Somewhere Only We Know e Crystal Ball.

Para o bis, o Keane voltou “matador” com uma versão para Under Pressure, clássico dueto do Queen com David Bowie. Depois, Is It Any Wonder? e Bedshaped encerraram a apresentação. O vocalista reuniu todos os integrantes à frente do palco e agradeceu: “Esta noite foi ainda mais especial”.

Confira o set list completo que o Keane tocou em Belo Horizonte:
keane_bh021fThe Lovers are Losing
Everybody’s Changing
Bend and Break
Nothing in My Way
Again and Again
Atlantic
This is the Last Time
Spiralling
Playing Along
Try Again
Sunshine
You Haven’t Told Me Anything
Leaving So Soon?
You Don’t See Me
Perfect Symmetry
Somewhere Only We Know
Crystal Ball

(bis)
Under Pressure
Is It Any Wonder?
Bedshaped

5 comentários sobre “Keane encanta público mineiro

  1. Vi esses caras abrindo um show do U2 em Boston. É fantasmagoricamente melancólico e triste uma banda que tem a pretensão de ser o Coldplay (grandes merda) tocando só com piano e bateria.

    Palha demais.

    E o sapiente comentário do nobre cidadão acima diz tudo.

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