Blog voltar
|

Pearl Jam em Brasília: I´m still alive!!!

Pearl Jam 1

Por Marcos Pinheiro
Fotos: Lyanna Soares

O que escrever mais sobre o Pearl Jam que já não tenham lido no Facebook ou demais redes sociais? O show de ontem (17/11) no Mané Garrincha, que reuniu quase 30 mil pessoas, foi o quarto que vi da banda, depois de 2005 (Praça da Apoteose, Rio), 2011 (Morumbi, São Paulo) e 2013 (Jockey Club, São Paulo, dentro do Lollapalooza). Logo, foi o terceiro nos últimos quatro anos! Mas teve um gosto absolutamente diferente e especial: estavam pela primeira vez em Brasília tocando a poucos quilômetros da minha casa! E, convenhamos, quem conhece já sabe: um show deles nunca é igual ao outro.

Pearl Jam 3O set de 35 músicas (veja abaixo) e quase três horas de apresentação (2h57, sendo muito preciso), com início às 21h33, trouxe várias canções que não tinham tocado nos quatro shows anteriores dessa turnê latino-americana. Leiam-se: Wash, Brain of J, Tremor Christ, In My Tree, My Father´s Son, Habit, Supersonic, Leash e Last Exit. Além das versões, também inéditas, de Rain (The Beatles), Redemption Song (Bob Marley) e Crazy Mary (Victoria Williams). Ou sejam, 12 músicas “só pra Brasília” até agora, um terço da gig. Poucas bandas no mundo podem e se dão a esse “luxo” – e mostrando um vigor de garotos com toda a experiência e maestria dos 25 anos de estrada.

Muitos lamentaram a ausência de Black, figurinha carimbada nos sets até aqui, assim como Even Flow, Alive, Do the Evolution, Given to Fly, Sirens, Mind Your Manners, etc. Claro que diante da grandiosidade e variedade do repertório, a baladaça do disco de estreia, Ten, se tornou dispensável. Mas, por outro lado, é até justificável a “reclamação” para quem via o Pearl Jam pela primeira vez. E só prova que os caras poderiam fazer outras três horas memoráveis!

Pearl Jam 2Assim como foram inesquecíveis diversos momentos. Destaque particular para Sirens e Given to fly – para mim uma das mais lindas da banda, apresentada com imagens aéreas de Brasília nos telões. E também para a homenagem de Eddie Vedder – sempre simpático, carismático e se esforçando para conversar em português com o público – ao luthier paulista Sérgio “Vedder”, que confeccionou para ele uma guitarra de madeira com as cores do Brasil. A imagem do artesão na plateia, entre risos e lágrimas, foi contagiante, enquanto tocavam Better Man.

Até mesmo o som no estádio pareceu bom em todos os setores, o que pode ser explicado por um fator acústico: a organização decidiu esvaziar a arquibancada e concentrar nas cadeiras intermediária e inferior todo o público que não teve como pagar pelas pistas comum e Premium. A transmissão mais plana e horizontal deve ter facilitado a propagação . Enfim, não sou técnico no assunto.

Pearl Jam 4A se lamentar certos aspectos de logística. O acesso ao estádio após as 20h estava infernal, provocando longas filas e uma espera que chegou a durar mais de hora. Sorte dos atrasados é que a turma do Pearl Jam é muito bacana e decidiu retardar o início do show, previsto para 20h30. Além disso, os banheiros estavam localizados em apenas um lado, dificultando o vai e vem.

Fora isso, foi uma noite de lavar a alma! Que o estádio brasiliense, como sempre insistimos aqui no blog, seja mais e melhor ocupado com eventos assim. Já “perdemos” os Rolling Stones no início de 2016. Vejamos o que ainda pode vir por aí…

 
Confira álbum de fotos (em construção) por Lyanna Soares Photography

Pearl Jam 6

 
SET LIST EM BRASÍLIA (17/11)
. Release
. Wash
. Nothingman
. Corduroy
. Lightning Bolt
. Mind Your Manners
. Brain of J.
. Tremor Christ
. In My Tree
. Even Flow
. Rain
(The Beatles)
. Unthought Known
. My Father’s Son
. Animal
. Daughter
. Habit
. Given to Fly
. Lukin
. Rearviewmirror

Bis 1
. Redemption Song (Bob Marley)
. Mother (Pink Floyd)
. Sirens
. Jeremy
. Supersonic
. Why Go
. Leash
. Porch

Bis 2
. Last Exit
. Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town
. Better Man
. Do the Evolution
. Crazy Mary
(Victoria Williams)
. Alive
. Baba O’Riley
(The Who)
. Indifference

2 comentários sobre “Pearl Jam em Brasília: I´m still alive!!!

  1. realmente foi um belo espetáculo, banda afiada e muito competente e simpática, coisa rara no mainstream, onde muitas a gente vê que tocam pra cumprir agenda, enfim, que venham bons e mais shows…agora me desculpe dizer:” todo o público que não teve como pagar pelas pistas comum e Premium”, muitos como é o meu caso que fui com a esposa, optamos em ficar sentados tomando nossa cerva “escolha” ok? abraço.

  2. É a banda mais fraca do grunge, mas é a que tem o melhor show ao vivo. Consolidados e com 20 anos de carreira, nada justificaria passar do padrão dos shows de 1h … 1h30, como todos os outros fazem. Acho que a banda, apesar de ter seu último disco bom editado no ano de 2000, consegue renovar sua audiência principalmente porque dá o sangue por seu público nos shows. Canseira pra músicos e, mais ainda, para o vocalista: fazer a cada 3 dias um show de 2h30 a 3h. Já tinha visto eles na premium e, agora, foi na arquibancada. O único defeito foi que a estrutura era muito simplista e os telões não davam um bom entretenimento e visualização dos artistas no palco. Faltou um LED atrás da banda e telões maiores. Mas, isso é estrutura. Com a banda, indefectível.
    Repito: banda mais fraca do grunge, mas é o melhor AO VIVO do grunge.
    Foo Fighters que o diga … imitando a fórmula da duração, da transpiração e também dos covers (o que é uma coisa bem legal … apesar do FF sempre ser bem fraquinho pra algumas músicas mais complexas, tipo Tom Sawyer do Rush …mas fez feats bem bacana com a Jewel tocando Whole Lotta Love, por exemplo).
    Showzaço! Quem dera Smashing Pumpkins dar conta de ser 10% disso. Banda maravilhosa no estúdio, mas com um show bem a desejar.
    Faith no More, Soundgarden e Alice in Chains poderiam ter esse vigor que o Pearl Jam tem. Ainda estão presos no 1h … 1h30.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>