Desde que surgiu a notícia, em janeiro, da primeira vinda do Smashing Pumpkins a Brasília, claro que o entusiasmo tomou conta de boa parte do público rocker local. Afinal, trata-se de uma das mais importantes bandas da cena alternativa norte-americana, formada em 1987 na cidade de Chicago, que ganhou muita projeção sobretudo após a morte de Kurt Cobain, em 1994 – e o consequente recrudescimento do movimento grunge. Pois eis que o momento está chegando: o quarteto liderado pelo controverso vocalista careca Billy Corgan (voz e guitarra) pisa amanhã (27/3) no palco do NET Live Brasília (Setor de Clubes Norte, ao lado do Bay Park) com abertura da (ainda) pouco conhecida – e também norte-americana – Young the Giant.
Os ingressos, a R$ 130 (pista comum) e R$ 230 (pista premium) – valores de meia-entrada – ainda estão disponíveis na Central de Ingressos (Brasília Shopping, piso G2) ou pelo portal www.ingressorapido.com.br. Não há mais bilhetes para o camarote. Importante: o show de abertura começará pontualmente às 21h20 – o que significa que os Pumpkins devem subir por volta das 22h30.
Da formação clássica original, que incluía James Iha (guitarra), D´Arcy Wretzky (baixo) e Jimmy Chamberlin (bateria) e gravou, entre 1991 e 2000, um total de cinco discos – entre os quais, os ótimos Siamese dream (1993), Mellon collie and the infinite sadness (1995) e Adore (1998) -, restou apenas Corgan. Em janeiro de 1996, no auge, o grupo fez dois antológicos shows no extinto festival Hollywood Rock, no Rio e em São Paulo – eu, felizmente, estava lá na edição carioca realizada na Praça da Apoteose.
Depois disso, os Pumpkins foram “apodrecendo” sob a arrogância de seu líder. Os antigos integrantes pediram as contas e a banda acabou. Billy tentou um novo projeto – o Zwan – e uma carreira solo. Demorou sete anos para perceber que tudo o que ele fazia remetia ao trabalho anterior. Em 2007, então, decidiu retomar o velho grupo, ainda com Chamberlin nas baquetas. Mas o que veio a seguir era um pálido reflexo dos áureos tempos – o que pode ser percebido na fraca apresentação de novembro de 2010, dentro do festival Planeta Terra, em São Paulo.
Mas eis que os Pumpkins parecem viver agora novos (e bons) tempos. O álbum Oceania, de 2012, passou despercebido por aqui, mas ganhou elogios da crítica. O mesmo aconteceu com o mais recente, Monuments to an elegy (2014). E a atual formação – com Jeff Schroeder (guitarra, desde 2007), Mark Soermer (baixo, também The Killers) e Brad Wilk (bateria, do Rage Against the Machine e Audioslave) – é mais experiente e afiada.
O que o quarteto mostrou na noite de quarta-feira (25/3), no Citibank Hall (Rio de Janeiro), foi bastante promissor (confira o set list abaixo). Em 17 músicas apresentadas durante 1h45, os caras desfilaram vários sucessos – Cherub Rock, Tonight, Tonight, Ava Adore, 1979, Disarm, Bullet with Butterfly Wings, Today… – e quatro do novo disco: a linda Being Beige e mais Drum + Fife, Monuments e One and All (We Are). E só fez aumentar a expectativa para esse primeiro show deles em Brasília.
Já a Young The Giant, confesso, até então eu não conhecia. A banda, da cidade californiana de Irvine, está na estrada desde 2004 e lançou dois discos: Young the Giant (2011) e Mind Over Matter (2014). Ambos receberam muitos elogios da mídia especializada e se destacaram em músicas como It’s About Time, Crystallized, My Body e Cough Syrup, entre outras. Fazem parte do quinteto Sameer Gadhia (voz), Jacob Tilley e Eric Cannata (guitarras), Payam Doostzadeh (baixo) e François Comtois (bateria).
Após Brasília, as duas bandas se apresentarão neste domingo (29/3), em São Paulo, dentro do Lollapalooza 2015, ambas no palco Axe. O Young the Giant subirá às 19h para uma hora de show. Já os Pumpkins começam às 20h30 encerrando o festival paralelamente a Pharrell Williams.
Confiram o set list do show no Rio de Janeiro (25/3):
. Cherub Rock
. Tonight, Tonight
. Ava Adore
. Being Beige
. Drum + Fife
. Glass and the Ghost Children
. Stand Inside Your Love
. 1979
. Pale Horse
. Monuments
. Drown
. Disarm
. One and All (We Are)
. United States
. Bullet with Butterfly Wings
. Heavy Metal Machine
Bis
. Today
Eu tambem estou ancioso para esse show deles em Sampa, no Lolla. Mas, segundo informações dele, o futuro da banda será decidido até o fim do ano. A partir dai ele vai decidir se o grupo continua ou não. Infelizmente, toda formação original desintegrou-se. Mas o que importa é o show de São Paulo no domingo. Já sobre o Young the Giant, é uma boa banda. Já escutei os trabalhos dele e manda bem. Boa sorte a BSB com o show de hoje. Marcos vai para o Lolla nesse fim de semana ou vai ficar sossegado ai em Brasília? Até mais.