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Velozes e furiosos

Podem culpar pelo meu cansaço por dias virados no Cult 22 Rock Bar. Ou a acústica deficitária do Ginásio Nilson Nelson. Mas aquela sensação de arrebatamento que tomou conta após o show de Ozzy Osbourne, 17 dias antes, foi transformada em momentos de impaciência pra mim na última sexta-feira (22/4) diante do Motörhead.

Que os caras tocam (muito) alto e em grande velocidade, todos sabemos. E que se trata de uma excelente banda, ninguém discute. Eles esbanjam carisma, Lemmy é uma lenda do rock, bastante simpático e comunicativo – “Nós somos o Motörhead e tocamos rock and roll!”, repetia, para delírio da galera.  O baterista Mikkey Dee é um “animal”, que consegue fazer solos sem soar chato como outros que empunham as baquetas.

O problema, na minha opinião, é que justamente o estilo acelerado do trio inglês não se adequa a um ginásio à meia-bomba – calculo que pouco mais de 5 mil pessoas estiveram presentes num local que cabe de 12 a 13 mil. Afinal, em menos de um mês, Iron Maiden e Ozzy, dois baluartes do heavy metal, também estiveram em Brasília. Haja grana, já que se trata de um público potencialmente igual – embora no Motörhead tenha encontrado muitas pessoas não necessariamente ligadas ao estilo mais pesado.

A arquibancada quase vazia provocava uma reverberação ensurdecedora. Uma massa sonora que por vezes dificultava a “compreensão” do que acontecia ali no palco. Se tivessem concentrado todos somente na parte de baixo (pista e cadeiras), com um som mais “horizontal”, talvez esta incômoda sensação fosse sanada.

Some-se a isso o fato de que faltaram alguns velhos “cavalos de batalha” no set list, tais como Orgasmatron, Bomber, Motörhead e – por que não? – a homenagem em R.A.M.O.N.E.S., substituídas por algumas músicas do último disco ou mais recentes – I know how to die, Get back in line e In the name of tragedy, por exemplo. O show também é curto, apenas uma hora e 20 minutos. Teve início às 22h13 e terminou por volta das 23h35.

Enfim, valeu pela experiência de presenciar in loco uma lenda viva do rock and roll. Mas podia ter sido melhor…

10 comentários sobre “Velozes e furiosos

  1. Eu concordo com você, Marcos. O Motorhead é uma de minhas bandas preferidas e eu não saí do show tão feliz quanto gostaria…

  2. concordo em número e grau com o comentário, estava ansioso pra desabafar, poxa deixei de viajar com a família etc…pra ver essa lenda , não me arrependo pela oportunidade , mas o descaso dos produtores de shows aqui tá demais só querem lucrar, quando é que vão providenciar local adequado pra shows desse porte?? o som tava embolado insuportável, parecia minha velha radiola com defeito tocando um vinil em rotação lenta ..me senti lesado.

  3. Olá cult22, tenho uma opinião sobre os grandes shows que rolas principalmente em Brasilia e com ELE um pequenho publico. Os produtores cobras ingressos muito caros, isso acaba tirando o sonho de muitos fans, ta bom que Bandas como Iron, Ozzy, Motorhead são bandas caras e na minha opinoão, esse fator é o problema, pagar 300 ( o show do Irom) e complicado para caras do Undergroud.
    Acho que os produtores deverião avaliar essa situação por que as bandas vão continuar a tocar para cada vez menos público. Imaginem para as pessoas que morasm longe e tem que pagar transporte como aviaõ ou ônibus e ainda a entrada no evento que custas seus 150 a 300. Isse fator pode até comprometer a volta das bandas um ves que, bandas supracitadas tocar para um publico de 4 a 10 mil pessoas.
    Olha cara, temos que ver isso, eu quando posso pago, e quando nao posso perco a grande oportunidade e unica de ver o lendario Dio cantar.

    Muito obrigado, rafael Brito – Salvador-BA

  4. Respeitanto todas as religiões, crenças e afins, não achei nada inteligente o show ser em plena sexta-feira santa. Tem quem ame Motorhead, mas tem lá seus dogmas…

    Sem contar que muita gente aproveitou o feriado prolongado para fugir de BSB.

    Daí, para mim, o motivo do vazio do Nilson Nelson (juntando, é claro, com a pobreza de quem não pode pagar por 3 shows internacionais de vez!)

  5. Tirando São Paulo, Brasília não está atrás de ninguém em matéria de quantidade de público.
    NO show do Iron foram 12 a 15 mil pessoas em Brasília, 11 a 12 mil no Rio, 11 mil em Recife, 11 mil em Curitiba e 11 mil em Belém.
    NO Show do Ozzy foram 11 mil pessoas enquanto que no Rio foram 8 mil pessoas, em BH foram 12 mil e em POA 12 mil também.
    Só que não teve show do Iron 5 dias antes como aqui em Brasília e pelo o show ter sido numa terça-feira, tirou muita gente do evento. Principalmente de Goiânia.
    NO MOtorhead em Brasília foram 5 mil, mas em SÃO PAULO (sim, SÃO PAULO) foram apenas 3 mil. EM florianópolis também foram 3 mil.

    Tudo isso é consequência da grande quantidade de shows no mesmo período e de ingressos caros. Mas Brasília está muito bem em relação às demais cidades.

  6. O som do Nilson Nelson realmente é uma porcaria, o show do Iron a céu aberto estava com um som infinitamente melhor!! Mas a minha dica para driblar o som embolado e passar menos raiva é a seguinte: PROTETORES DE OUVIDO. Tanto no Ozzy quanto no Motorhead levei os protetores e deu pra perceber a diferença… perde-se um pouco no volume mas ganha-se em definição. Mesmo assim o saldo do Motorhead foi positivo, assisti na pista normal e a animação comeu solta, rodas explodindo a todo instante. Pelo que já assisti da arquibancada, também achei que se fosse só embaixo o som estaria melhor.

  7. Estou com o Renault, Brasília não deixa a desejar em publico para outras cidades a média d publico é praticamente a mesma (talvez alguma diferença em relação a SP). Agora o problema mesmo é local apropriado, o estacionamento do Nilson Nelson perfeito para o Iron e o Ginásio perfeito para o Ozzy agora o Ginasio para o Motorhead é exagero já q nenhuma cidade teve um publico q lotasse um ginásio como o Nilson Nelson. Penso q um local menor apropriado para shows com media d publico entre 4/5 mil pessoas seria ideal.

  8. Pois é, Ginásio Nilson Nelson é um problema sério na acústica.

    Não tenho que reclamar do quesito shows, visto que grandes bandas estão passando e vão passar por aqui.

    Mas o Ginásio tem que ser repensado, que faça no estacionamento, como foi o show do Iron.

    Pois não há um engenheiro/técnico de som que consiga dar jeito no ajuste sonoro daquele lugar. Não sei se é incompetência técnica ou é o Ginásio que não tem jeito mesmo, ou privilegiando o som para a pista e ferrando com quem tá na arquibancada ou tentando agradar a todos e sendo um bosta sonora pra todo mundo.

    Vamos ver como vai ser daqui pra frente, porque pagar caro pra ficar ouvindo chiado tá ficando difícil.

  9. Pow apesar dos pesares foi um show ne..diferente do que ta rolando em um show aqui na city hehe que tem pula pula, pipoca, touro mecanico, futebol de sabão, ALGODÃO DOCE kkkkkkkkkkk..faltando somente o palhaço BOzo…motohead no somente rock in holllllllll..sem baitolagemmmmmmmmmmmmmmm…que venha o judas priest..ai sim o coro come solto..sem pipoca kkkkkkkkk

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