Blog voltar
|

A importância de quatro rudes plebeus

Em meio a tanta bobagem que tem feito sucesso no rock brasileiro 2000, é muito bom constatar que a Plebe Rude ainda é relevante, 25 anos depois de sua formação. Tive o prazer de matar as saudades do quarteto brasiliense - agora com 25% de sangue paulista - ontem à noite (23/10) e perceber que o discurso plebeu continua atual, sem cheiro de mofo. 

No palco privilegiado do Espaço Brasil Telecom, a “nova” Plebe, ainda liderada pela dupla Philippe Seabra (voz e guitarra) e André X (baixo), mostrou vigor adolescente, sem se comportar como tal. O vocalista e guitarrista Clemente, líder dos Inocentes, deu ao grupo um carisma e energia que o integrante original Jander “Ameba” Bilaphra (desculpem os saudosistas) definitivamente não tinha, além de manter o contraponto da voz grave com o tom agudo de Seabra. Isso sem contar que Txotxa (ex-Maskavo Roots e Beto Só) é infinitamente melhor baterista que Gutje.

Na platéia, um clima de festa entre amigos, familiares e fãs de carteirinha, que cantavam todas as letras. Inclusive as do recente álbum R ao Contrário (2006), que injustamente passou batido pelas rádios – com exceção da nossa Cultura FM (valeu, Philippe, pelo agradecimento no palco). Deste disco, a Plebe mandou a faixa-título e mais O que se faz, Discórdia e Dançando no vazio. Faltaram, para mim, Mil gatos no telhado e Voto em branco (seria apropriado para a época, não?). Apesar dos apelos insistentes, também não tocaram Pressão social, música do início da carreira, registrada apenas em 1992, com a participação de Renato Russo, no quarto álbum, Mais raiva do que medo

Se cometeram estes “pecados” no set list, a Plebe também saciou a galera com velhos “cavalos de batalha”, não necessariamente nesta ordem: Censura (que abriu o show), Johnny vai à guerra, Bravo mundo novo, Brasília, Sexo e karatê, A ida (com introdução semi acústica, só com Seabra na guitarra e voz), Este ano, Códigos, Proteção (que fechou a primeira parte), Minha renda e Até quando esperar (que encerraria a apresentação, não fosse a galera “obrigar” a banda voltar para um segundo bis, de I fought the law, sucesso com o Clash). Outras versões, como as de Luzes (Escola de Escândalo) e Medo (Cólera) também fizeram parte do repertório. 

Quase uma hora e meia de show e as 400 pessoas presentes foram embora satisfeitas. Um público que lotou a casa, mas muito pequeno para o tamanho da história da Plebe Rude. Ainda mais lembrando que, daqui a 15 dias, o conterrâneo e contemporâneo Capital Inicial promete levar 10 mil pessoas ao Ginásio Nilson Nelson. Lamentavelmente os tempos são outros…

_____________________________________
Fotos por Penny Lane (site Rock Brasília)

30 comentários sobre “A importância de quatro rudes plebeus

  1. O Ameba era tosco e isso virou uma marca da Plebe, eu concordo. E gostava disso, com certeza, sobretudo o contraponto de vozes. Mas como músico (longe de qualquer virtuosismo, que nem caberia no som da Plebe), presença de palco e energia, o Clemente dá de 10. É isso que quis passar no post.

  2. É……os tempos são outros mas,se a Plebe gravasse um acústico pra MTV(a exemplo do que fez o Capital)a banda seria redescoberta pela mídia e público,potencial radiofônico pra isso a banda tem,principalmente nas antigas canções.Digitado ao som de Ted Nugent ‘Stranglehold’.

  3. Nem no palco nem no estúdio o Clemente é melhor que o Ameba, talvez naquela porcaria de banda chamada Inocentes ele ainda quebre o galho, mas na Plebe Rude, a presença do Jander era muito mais marcante que a do próprio Seabra.

    Tudo bem puxar o saco, e isso tu já fez de bom tamanho quando disse sentir saudade de uma banda que toca, pelo menos, todo semestre por aqui. Mas, Seu Pinheiro, não perca a noção do ridículo.

    Só uma dúvida, vi vc opinando sobre talento de instrumentistas, tu toca o quê mesmo, seu tosco?

    Vá pentear macaco e para de falar besteira….

  4. Pô, cara, foi mal. Não sabia que você, tão nobre pensador, fosse ficar tão ofendido por alguém não gostar tanto do seu ídolo Ameba. Nem sabia que ele era tão marcante pra você.

    Eu realmente não toco nenhum instrumento. Mas pelo menos as pessoas sabem quem eu sou…

  5. E era só o que faltava o cara ter de tocar algum instrumento para poder falar de música. É como querer que você seja o Pelé pra falar de futebol ou o presidente da república pra falar de política.

    E, me desculpe, mas de música Marcos Pinheiro entende. E não é pouco. Respeito é bom.

  6. Cara, eu só acho que antes de chutar vc poderia ter feito uma rápida pesquisa entre os fãs presentes no evento pra ver se essa idéia furada do Clemente ser superior ao Jander em algum aspecto na história dessa banda procede ou não.

    E já que vc admitiu que não toca instrumento algum, pense no seguinte. Qualquer um que toque Surfin Bird é virtuose pra vc, cara. Então não se arrisque a chutar a esmo nessa seara baseado apenas no que teus amigos metaleiros te falam, vai por mim.

  7. Bem, eu toco e estava do lado do Marcos Pinheiro no show para concordar com o que ele disse.

    De fato, a banda melhorou MUITO.

    Mas deixando esse jovem poeta imaturo de lado (educação,cultura e talento vem com o tempo para quem merece…) eis o link do video que eu tinha comentado:
    http://www.youtube.com/watch?v=cj4_YxaKu4I

  8. Cara, eu toco, estava no show e não concordo. Fica tudo na mesma….

    Ah sim, todo mundo sabe quem eu sou também, pelo menos todo mundo que eu conheço. Minha mãe (felizmente), meu cachorro (felizmente), a mulher da imobiliária (infelizmente), enfim.

    O fato de vc não saber quem eu sou não tem a mínima importância, porque tirando essa foto 3×4 recortada da página inicial, eu também nunca vi tua cara na vida….

    Não sei porque ainda perco tempo comentando asneiras alheias….

  9. Caro Poetinha,

    Música não é futebol, assim como não é poesia…

    Como músico profissional e jornalista, acho que posso dar o meu pitaco. Eu sei que deve ser respeitada qualquer opinião por mais que discordemos. Então presumo que o motivo dessa sua indignação toda não se resume a uma questão puramente musical ou técnica.

    Gosto não se discute, não é?

    Enfim, como você mesmo se questiona em perder o seu tempo por aqui, acho que a conclusão geral é óbvia, concorda?

    De resto pessoal, don`t feed the trolls.

  10. Também não sei o que você está fazendo aqui. Usando 300 pseudônimos diferentes pra ficar só se escondendo e ofendendo os outros.

  11. Seguinte cara, pra encerra esse papo. Apontar a besteira que vc escreveu de forma alguma pode ser chamado ofensa, a não ser que se diga isso pra dissimular, desviar o foco, e nisso tu é mais liso que o Robinho.

    Cara, a não ser que vc acredite que é alguma divindade que veio trazer a luz aos ignóbeis como eu, sua opinião não é nem de longe uma verdade absoluta, mesmo que venha travestida de “notícia” como está no post.

    Mas, essa sua reação de desqualificar quem aponta suas falhas é típica de um nazista oriundo de veículos de massa, de onde se podia soltar as “verdades incontestáveis” sobre o que quer que fosse, restando ao leitor apenas assimilar e concordar.

    E ofensivo, meu caro, é vc jogar a história da Plebe Rude no lixo apenas pra valorizar o produto do teu chapinha. Ofensivo e vergonhoso.

  12. Apenas dei a minha opinião e não a retiro, assim como você tem a sua. Nenhuma das duas é verdade absoluta e, como coloquei no post, a expressão “para mim”. Ou seja, sou eu que acho, não precisa todo mundo concordar.

    Agora releia o seu primeiro comentário: “… Tudo bem puxar o saco, e isso tu já fez de bom tamanho quando disse sentir saudade de uma banda que toca, pelo menos, todo semestre por aqui. Mas, Seu Pinheiro, não perca a noção do ridículo. Só uma dúvida, vi vc opinando sobre talento de instrumentistas, tu toca o quê mesmo, seu tosco? Vá pentear macaco e para de falar besteira….”

    Se isso não é ser ofensivo, o que é? o Berna Beat não concordou comigo e nem por isso saiu me esculhambando.

    Você é um cara sem-noção ou maluco?

  13. Reconheço, com perdão do trocadilho, que fui um tanto rude na forma. Mas, tenho a convicção de que comentar sobre nível técnico de instrumentistas é algo bem complicado, algo que só um músico ou alguém que tenha um bom conhecimento de teoria musical pode se atrever a fazer, mesmo assim que critérios seriam usados? a capacidade harmônica do cara, a habilidade motora, a técnica particular, a timbragem do instrumento? Ou seja, é coisa pra cacete que está envolvida para se dizer que A toca mais que B. Só isso.

    E “Tosco” pelo que entendi só pode ser usado aqui por vossa senhoria, não é isso? Será que o maluco sou eu mesmo?

  14. Eu não usei o termo “tosco” no post. Apenas comentei isso com o Berna. Não ofendi ninguém, nem chamei de ridículo, nazista, nem mandei ninguém pentear macaco.

    Acho que quem está desviando o foco aqui é você, camarada!

  15. Música é diferente vírgula. Jovem Poeta (anônimo não sei por quê), você toca guitarra, então, certo? Então, segundo sua lógica, só quem é músico pode falar do nível musical dos outros? Então não vou falar nem de futebol. Vamos falar de outra arte, que deve exigir igualmente sensbilidade. Se eu leio um livro e acho mal escrito, eu não posso falar mal dele até que tenha escrito livros também?

    Então fecha o blog porque se é pra falar de música só o sabichão aí pode falar. Tenha dó.

    Essa discussão toda é chata, porque foge do foco do post e ficamos nos preocupando com a forma – e não com o conteúdo – simplesmente porque tem gente que, sob a alcunha de pseudônimos, despeja agressões gratuitas e frases de impacto para causar polêmica.

    Pior que eu embarco nessa e me dou ao trabalho de responder… Um dia aprendo…

  16. Caro Campbell, existe toda uma extensa teoria por trás de uma música, camarada, não é tão simples como chutar uma bola, algo que qualquer débil mental sabe fazer.
    Deixa de ser burro e pare de usar essa analogia infantilóide com o futebol. É incrível que esse desdém e essa ignorância sobre o que é música venha justamente de um jornalista do maior jornal da Capital, o que ilustra bem o nível dos “formadores de opinião” dessa merda de cidade…..

    E, caro homônimo, dê rapaz, fique à vontade.

    Aproveitando a deixa futebolística do Campbell, o Pinheiro está no caminho certo pra se tornar o Galvão Bueno do rock local. A presença de espírito é a mesma.

    Ah sim, Galvão, perdão, Pinheiro, releia tua resposta ao Berna Beat….

  17. Cara, enquanto você não souber a diferença entre “não concordar” com “não respeitar” a opinião dos outros e “ofender” quem contraria seus pontos de vista, não há o que discutir aqui.

    É notório pelos seus comentários que você é um músico frustrado que despeja na imprensa de Brasília a ira por não ter sido bem-sucedido com sua banda. Como se tantas centenas de outras não tivessem trilhado o mesmo caminho de dificuldades… E que nem por isso saem buscando bodes expiatórios em mim, no Fernando Rosa ou no Correio Braziliense com calúnias e ofensas.

    Usando “mil” pseudônimos diferentes, você conseguiu os 15 minutos de fama aqui no blog, como já tinha feito no orkut do Cult 22, que ajudou a destruir. Só que aqui você não vai conseguir o mesmo Jovem Poeta, Demacol, Professor Pardale, Hippião, Abelardo Mendes Sr, Mar dos Pinheiros, Percival e outros que nem me lembro (e nem me interessa) mais agora.

    Fica aí sozinho se masturbando nos teclados! Um abraço

  18. Tinha o Hermenegildo Carlos tb, que eu achava hilário. O nome, não as opiniões. Essas, hora eu concordo (“Fernando Rosa é um câncer pro rock de Brasília”), hora discordo (“todo mundo que já tenha sequer falado bom dia pro Fernando Rosa é um câncer também”). E tem coisas que eu acho altamente cancerígenas também – como o estouro dos Raimundos e a conseqüente popularização do hardcore de FM, que gerou de Charlie Brown Jr. a NX Zero – que o colega provavelmente não vai concordar comigo, fã do rock Brasília anos 90 que é.

    Mas só aproveitando essa discussão de quem pode ou não criticar o quê, porque sempre rola o tipo de argumento “eu não preciso ser escritor pra criticar um livro”.. Ok, não precisa ser escritor, mas precisa saber ler. Ou vc levaria a sério uma crítica feita por um analfabeto que ouviu o audiobook, e depois ditou a resenha pra secretária dele? Música é uma linguagem também; se vc quer falar essa linguagem, ou falar a respeito dela, tem que dominar o básico dela sim.

    Com isso não tô criticando a avaliação do Marcos, que é uma percepção subjetiva dele e, por isso mesmo, não precisa de justificativa em três vias registrada em cartório. É só que, já que estamos numa fase de discutir a relação com o rock brasiliense, vale a pena pensar em que tipos de pensamento podem ser modificados, sabendo que é a mudança de pensamento que gera mudanças reais, no mundo real.

    Pra mim, uma coisa essencial é abandonar essa idéia velha e carcomida de que rock ou música pop não devem ser avaliados ou discutidos pelo ponto de vista musical, mas só pelo sociológico e lírico. Passou da hora de parar de alienar as pessoas que gostam de música mas não gostam de pagar ingresso pra ver um bando de oreias subindo num palco pra fazer teatrinho e brincar de roqueiro por 30 minutos.

  19. Marcelo, o que postei sobre a Plebe, como já escrevi aqui, é apenas “minha” opinião. Não é uma verdade absoluta, não estou impondo nada. Não desgosto do Ameba, acho que ele foi elemento essencial na construção do som e da imagem da banda. Mas vejo no Clemente agora uma figura que, pelo menos ao vivo, trouxe mais carisma e energia aos caras. Apenas isso.

    Nosso blog tem o rock como principal assunto. Posso não ser o “maior estudioso do mundo”, nem toco qualquer instrumento, mas acho que tenho alguma experiência para avaliar.

    Também não acho que o Fernando Rosa seja “câncer do rock Brasília” – ele é um produtor como tantos outros que estão correndo atrás. Mas isso “eu acho”, ninguém precisa concordar. Basta contrapor os argumentos como você fez, sem sair dando porrada ou ofender ninguém.

    Quanto ao Raimundos, concordo que trouxe malefícios com o passar do tempo. Mas, independentemente de ter acompanhado os caras desde o princípio, pense que também foi um momento importante de retomada do rock nas rádios a reboque do improvável sucesso do grunge de Seattle e adjacências.

    O problema é que, como quase sempre, o sistema absorve as boas idéias e intenções e as transforma em produto industrializado. Para mim, Raimundos foi vítima disso (ou permitiu ser vítima)e o resto, conseqüência.

  20. já que o “poeta” está tão enfezado com o que marcos pinheiro me respondeu…
    me permitam dizer que não me senti ofendido pela resposta e que “tosco” naquele contexto era mais condizente sobre a postura “punk” de ameba do que a qualquer exemplo de ignorância artística – por mais que isso seja óbvio, não custa deixar claro
    (aliás, ignorância muito bem ilustrada pelo citado poeta que pode não entender de poesia, mas sabe tudo de grosseria, uma bela rima)

  21. Marcos, o meu comentário foi meio que uma generalização sobre o jornalismo de pop/rock em geral, não quis dizer que a sua avaliação não seria válida por vc não ser músico. Pelo contrário, o Cult22 é provavelmente o último veículo de mídia que eu ainda confio pra me apresentar coisas novas. Já acontece até de eu ler certas fontes pra saber o que NÃO ouvir; se um Lúcio Ribeiro da vida falou bem de uma banda, eu já sei que são 98% de chance de eu detestar. Essa opinião de que o Cult é um programa vendido, que matou o rock brasiliense, eu não compartilho com o Poeta/Hermenegildo/Patropi de jeito nenhum.

    Também não compartilho das suas sobre o Fernando e os Raimundos, acho que são dois excelentes exemplos de como o inferno tá cheio de boas intenções. Mas concordo contigo, não é necessário pular no pescoço dos outros por causa disso. No fim das contas, o nosso amigo Poeta só precisa de um abraço e de uma xícara de chocolate quente. Ah sim, e do banimento do Beto Só da face da Terra. Eu nem acharia muito ruim, mas acho que esse último não vai rolar.

  22. Essa questão de análise musical ela é repartida em muitas áreas, a crítica do Marcos Pinheiro é mais uma crítica de quem conhece música mais pro lado prático, mais pro lado povão, ele sabe o que é uma banda em potencial e uma banda que não tem grande potencial pelo som, pois ele é radialista e está na Cultura FM o dia todo (isso é até engraçado, acho que ele mal dorme, rss) esse é um lado importante de crítica, a banda não precisa ser virtuose para fazer sucesso, olhe o exemplo de Legião Urbana, não temos nada de muito profundo se formos analisar harmonia e etc, mas tem algo grandioso em se tratando de poesia, então não tem como analisarmos de uma vez só uma banda por completo.
    Eu sou instrumentista estudo música a pouco tempo, já sei muita coisa, mas mesmo assim é difícil análisar uma música, por mais que estudemos na música não existe o certo e o errado, e sim o bom senso. Por exemplo a Bossa usa dissonâncias evitadas ao máximo por músicos, mas Tom Jobim usava de uma maneira tão divina que ficava ótimo, então como analisar música? Difícil de dizer.

    Já o Clipe da Big Dirty Band já tinha visto a algum tempo, o Geddy Lee e o Alex Liferson deram um reforço e tanto hein, ficou boa a versão, mas por mais que sejam ótimos músicos e etc prefiro o bom e velho Clash, vai entender, música é assim e trancendental!!!

  23. O Gutje é o melhor baterista do Brasil de todos os tempos.

    Criação nota 10, execução também nota 10.

    E a roupagem genial que ele deu em “Até quando esperar” na versão ao vivo?

    Na versão original dessa música, o Txotxa não consegue segurar o ritmo do contratempo do Gutje.

    Gutje é excelente!!!

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>